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Saiba, em 11 pontos, tudo sobre a vacinação de crianças a partir dos 5 anos contra Covid

Por Redação
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Especialistas listam tópicos para esclarecer dúvidas a respeito da vacinação infantil
vacinação criança dia 2.2
Vacina ajuda a proteger criança de manifestação grave da doença e de morte por covid-19.

 

A vacinação contra Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos  ainda deixa   pais, mães e responsáveis com muitas dúvidas. Pensando nisso, a Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Sobrasp)  preparou um documento para ajudar a esclarecer as principais questões em torno da do tema.

O documento lista 11 fatos sobre a segurança do paciente no que se refere à vacinação contra Covid em crianças e foi elaborado em conjunto pelos Grupos Técnicos de Trabalho de Segurança do Paciente em Pediatria e de Covid da SOBRASP.

Confira.

  1. A vacina contra Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos é segura e eficaz.

A vacina Pfizer Covid para crianças é mais de 90% eficaz na prevenção da doença em crianças de 5 a 11 anos. Antes de recomendar a vacinação Covid para crianças, os cientistas conduziram testes clínicos e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),  nosso órgão regulador, determinou que a vacina Pfizer atende aos padrões de segurança e eficácia para autorização de emergência em crianças de 5 a 11 anos.

  1. A vacina Coronavac contra a Covid para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos é segura e eficaz.

Aprovada no Brasil no dia 20/01/2022 pela Anvisa, para uso em crianças e adolescentes de 06 a 17 anos. Em estudo publicado pela Lancet a produção de anticorpos contra o vírus foi de 96%. Não ocorreram efeitos adversos graves suspeitos e inesperados nas crianças e adolescentes vacinados. Não foi aprovada para crianças imunocomprometidas (tratamento contra câncer, que convivem com HIV, transplantadas e as com outros quadros que afetam o sistema imunológico, devido a dificuldade nesse público na produção de anticorpos após o estímulo vacinal.

  1. A vacina contra a Covid-19 ajuda a proteger crianças de 5 anos de idade ou mais e evita a disseminação da doença para outras pessoas.

Protege toda a família – incluindo irmãos que ainda não são elegíveis para vacinação e membros da família que podem estar em maior risco de ficarem muito doentes se estiverem infectados. Na escola a criança tem mais segurança para participar de esportes, jogos e outras atividades em grupo. A vacina também ajuda a desacelerar a disseminação do Covid-19 na comunidade.

  1. A criança pode ter alguns efeitos colaterais após a vacinação – que são sinais normais de que seu corpo está construindo proteção.

Nos estudos realizados (ensaios clínicos) com crianças de 5 a 11 anos, os efeitos colaterais relatados foram leves e semelhantes aos experimentados após as vacinas de rotina.

Algumas crianças não apresentam efeito algum após a vacinação contra a Covid, mas para as que manifestam reação, esta pode incluir: dor no local da injeção, dores de cabeça, dores musculares, febres baixas. Esses efeitos colaterais podem afetar a capacidade da criança de realizar as atividades diárias, mas devem desaparecer em alguns dias.

Nos Estados Unidos, 98% dos eventos adversos observados em crianças foram classificados como leves. A vacina Pfizer-BioNTech Covid-19 é mais de 90% eficaz na prevenção da doença em crianças de 5 a 11 anos. Os benefícios superam os riscos conhecidos e potenciais.

  1. A dose da vacina Pfizer  contra Covid administrada a crianças de 5 a 11 anos não é a mesma dose administrada a adultos e adolescentes. Baseia-se na idade e não no peso

Ao contrário de muitos medicamentos, a dosagem da vacina Pfizer-BioNTech Covid não varia de acordo com o peso do paciente, mas com a idade no dia da vacinação. Isso também é verdadeiro para outras vacinas rotineiramente recomendadas, como vacinas contra gripe ou hepatite.

  1. A vacina Pfizer-BioNTech contra Covid  administrada a adultos e adolescentes NÃO pode ser administrada a crianças de 5 a 11 anos.

A vacina Pfizer-BioNTech contra Covid para crianças de 5 a 11 anos tem os mesmos ingredientes ativos que a vacina administrada a adultos e adolescentes, porém em doses diferentes. Para crianças, vem em um frasco diferente com uma tampa e tarja no rótulo de cor laranja, diferente das vacinas aplicadas em adolescentes e adultos, para deixar claro qual vacina é para crianças de 5 a 11 anos e qual é para pessoas com 12 anos ou mais.

  1. As vacinas contra Covid-19 são monitoradas quanto à segurança.

Os responsáveis pela aplicação da vacina (Unidades de Saúde) monitoram a segurança de todas as vacinas Covid-19 – além de todas as outras vacinas – depois que as vacinas são autorizadas ou aprovadas para uso. Isso inclui monitorar a ocorrência de eventos adversos potenciais após a vacinação.

  1. Reações graves após a vacinação são possíveis, mas raras.

São raras as notificações de miocardite e pericardite (inflamação do coração) em adolescentes e adultos jovens. A maioria dos jovens que desenvolveu esta condição após a vacinação respondeu bem ao tratamento e se recuperou rapidamente.

  1. As crianças podem receber outras vacinas com segurança no mesmo dia em que recebem a vacina para Covid-19?
  • A vacinação de rotina é um serviço de cuidado preventivo essencial que não deve ser adiado.
  • A vacina COVID-19 pode ser administrada no mesmo dia e hora que outras vacinas, incluindo gripe e outras vacinas de rotina.
  • Realizar as vacinações de rotina o mais rápido possível fornecerá proteção e minimizará o número de idas às unidades de saúde necessárias para completar a vacinação.
  • Se várias vacinas forem administradas em uma única vez, cada injeção será administrada em um local diferente, de acordo com as recomendações por idade.
  • Em Niterói, porém, a Prefeitura estipulou um prazo de 15 dias após a criança ter tomado qualquer outra vacina.
  1. A vacinação pode ajudar a evitar que as crianças morram, mesmo que contrariam Covid-19.

A Covid-19 pode deixar crianças muito doentes e fazer com que elas sejam hospitalizadas. Em algumas situações, as complicações da infecção podem levar à morte. Crianças com comorbidades (diabetes, obesidade, doenças oncológicas e outras) correm mais risco de doenças graves devido à Covid-19. Algumas crianças que são infectadas com o vírus que causa Covid-19 também podem desenvolver complicações graves como a síndrome inflamatória multissistêmica (SIM-P) – uma condição em que diferentes partes do corpo ficam inflamadas – incluindo coração, pulmões, rins, cérebro, pele, olhos, ou órgãos gastrointestinais.

  1. Crianças que já tiveram Covid-19 devem ser vacinadas

Recomenda-se a vacinação de Covid-19 para todas as pessoas com 5 anos ou mais, incluindo aquelas que já tiveram Covid-19. Evidências científicas indicam que as pessoas obtêm melhor proteção ao serem totalmente vacinadas em comparação com as que tiveram a doença por Covid-19. As crianças com Covid-19 devem esperar para serem vacinadas após cumprirem os critérios para interromper a quarentena ou o isolamento.

Referências:

CDC. Centers for Disease Control and Prevention. 10 Things to Know About the COVID-19 Vaccine for Children. Information to Share with Parents, Caregivers & Communities. Disponível em: . Acesso em: 05 jan 2022.

CDC. Centers for Disease Control and Prevention. COVID-19 vaccine safety updates: Primary series in children and adolescents ages 5–11 and 12–15 years, and booster doses in adolescents ages 16–24 years. Advisory Committee on Immunization Practices. January 5, 2022.

SÃO PAULO. Instituto Butantan. Por unanimidade, CoronaVac é aprovada pela Anvisa para uso emergencial em crianças de seis a 17 anos. Disponível em: Acesso em: 20 jan 2022.

HAN Bihua et al. Safety, tolerability, and immunogenicity of an inactivated SARS-CoV-2 vaccine (CoronaVac) in healthy children and adolescents: a double-blind, randomised, controlled, phase 1/2 clinical trial. The Lancet infectious Diseases. Published: June 28, 2021DOI: https://doi.org/10.1016/S1473-3099(21)00319-4.

Autores:

Grupo Temático de Trabalho COVID-19: Ana Maria Viegas Tristão; Patrícia Mitsue Saruhashi Shimabukuro.

Grupo Temático de Trabalho de Segurança do Paciente em Pediatria: Cinthia Torres Leite; Priscila Coelho Amaral.

– SOBRASP, Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 2022.

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