2 de dezembro

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Rodrigo Pedrosa exibe exposição no MAC, em Niterói

Por Livia Figueiredo
| aseguirniteroi@gmail.com

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Mostra exibe 20 peças em diferentes escalas e tem como objetivo provocar no público uma reflexão sobre os caminhos da sociedade contemporânea
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Foto: Divulgação

O artista niteroiense Rodrigo Pedrosa chega ao salão principal do MAC-Niterói com a exposição “Abismo” neste sábado (9). A mostra reúne a sua produção mais recente e apresenta cerca de 20 peças em diferentes escalas e materiais, além de 3 conjuntos escultóricos compostos por placas de cerâmica e de gesso. A proposta é provocar no público uma reflexão sobre os caminhos da sociedade contemporânea, que sob o olhar poético do artista, está à iminência do caos.

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Além das obras que irão ocupar os salões internos, a mostra também traz uma reflexão pensada pelo artista para a paisagem turística do museu. Em pontos estratégicos da parte exterior, serão fixadas esculturas de figuras humanas a beira dos abismos que circundam o prédio de Oscar Niemeyer. O objetivo é instigar tanto os visitantes como as pessoas que transitam pelas cidades do Rio de Janeiro e de Niterói, seja pela via que for: terra, céu ou mar.

Em suas figuras humanas, contorcidas e desfiguradas, Rodrigo chama a atenção para a excessiva individualização como marca do abandono das características que nos integram como humanidade. A curadoria é de Rafael Fortes Peixoto. “Abismo” tem como objetivo provocar uma tomada de consciência coletiva.

– É como se nós, diante do abismo, da iminência do fim, tivéssemos duas opções: cair ou voar –  resume Pedrosa.

Segundo o curador, as esculturas de Rodrigo Pedrosa revelam caminhamos para o abismo.

Como denúncia para um despertar de consciência, as peças de Pedrosa chamam a atenção para figuras humanas em condições extremas, retorcidas e fragmentadas, como se corpo refletisse quem somos no mundo, nossas dores, angústias, amores, alegrias e esperanças.

– A sociedade, banhada pela lama das desigualdades e das injustiças, perde cada vez mais o senso de comunidade. A individualidade torna-se necessária e a indiferença vira um remédio amargo de uso diário. A solidão ocupa os vazios, disfarçada entre selfies e lifestyles, nas promessas de corpos perfeitos, vidas perfeitas e momentos maravilhosos. O olhar, confuso e turvo, não enxerga no outro o próprio reflexo – conclui o curador.

 

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