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A NitBike completou uma semana nesta sexta (12) e já é possível se deparar com bikes circulando com defeito na cidade. O que não se sabe é se o dano é fruto da qualidade do produto, da falta de cuidado do público ou dos dois.
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Nas redes sociais, usuários relataram problemas, ao longo da semana: defeito na marcha, no banco, no freio, bikes sem o espelho retrovisor foram alguns dos defeitos apontados.
O A Seguir foi à rua nesta sexta para dar um confere nas bikes. No primeiro ponto, na estação da Praia das Flechas, restavam três bicicletas disponíveis para uso no momento em que a reportagem chegou. Das três, uma apresentava defeito no pedal – o que pode prejudicar a segurança do usuário, colocando-o em risco.
Ao destravar a bicicleta de número 15, Elias comentou: “essa está com defeito, vou pegar outra. É impressionante a falta de educação do povo. No Rio foi a mesma história”, disse ele que, de cara, identificou um defeito também no pedal.
A Seguir reuniu alguns comentários feitos, ao longo da semana, por internautas, sobre o serviço de bicicleta compartilhada de Niterói:
“O povo não tem educação, depois reclamam dos políticos”.
“Já trabalhei com bikes para passeio e do meu ponto de vista tem duas coisas: 1) esse modelo de bike escolhido é muito frágil para um projeto desse tamanho, ainda mais numa cidade de praia onde a maresia afeta diretamente as bikes; 2) de graça e sem fiscalização é muito difícil dar certo. Precisa responsabilizar quem danifica a propriedade pública.”
Outro preferiu citar o projeto de bike compartilhada no Rio já em uso há muitos anos. Lá, eles são conhecidas como “laranjinhas”:
“Aqui no Rio aconteceu a mesma coisa quando lançaram: roubavam, quebravam, depredavam… hoje em dia faz parte do cotidiano. É assim mesmo, a empresa tem que continuar consertando, depois essas depredações param.”
“As crianças no campo de São Bento subindo nas bikes ainda fixas na estação, os pais não falam nada. Vi gente acima de 50kg usando a bike infantil (essa é a recomendação escrita lá). O pessoal não zela e depois não sabe porque não tem. Vamos cuidar gente!”
Consultada, a Prefeitura de Niterói informou que “a equipe operacional da empresa responsável pelo serviço de bicicletas compartilhadas NitBike, quando identifica problemas nas bicicletas e estações ou é notificada pelos usuários, avalia os reparos necessários e realiza o bloqueio do equipamento até que o problema seja resolvido. A equipe que faz a operação e remanejamento das bicicletas também faz a retirada e devolução de bicicletas e equipamentos para o setor de manutenção recorrentemente em trabalho contínuo”.
E acrescentou que as bicicletas e estações são avaliadas regularmente e passam por inspeção.
Segundo a Coordenadoria Niterói de Bicicleta, é importante que os usuários relatem qualquer avaria encontrada nas bicicletas através do aplicativo ou da central de atendimento (21 3900-3096 e nitbike@serttel.com.br), antes de devolver a bicicleta para a estação. Dessa forma, mais rápido a empresa tomará ciência para realizar a manutenção.
O diretor de Educação e Comunicação da Niterói de Bicicleta, Rafael Pereira, explicou ao A Seguir que a responsável pela manutenção das bicicletas é a Sertell, empresa que ganhou a licitação do serviço. É ela que teria a capacidade de rastrear, ou seja, saber em que estação e posição se encontra a bicicleta que está com problema e, aí sim, providenciar a retirada da bike de circulação para conserto.
Isso porque a empresa é notificada quando há um problema na bicicleta. Depois é feita uma avaliação sobre a necessidade de retirada/bloqueio de uma bike.
Basta abrir o aplicativo e clicar no ícone “Reportar problemas”. Lá o usuário pode escolher entre “Bicicleta” ou “Estação”.
Se a opção for “Bicicleta”, é preciso informar o número da estação, a posição da bike e, claro, os problemas, como selim, ajuste de selim, cesta, trava, roda dianteira, corrente, guidão, freio frente, freio trás, entre tantos outros.
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