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Relatório da PF que indiciou Jair Bolsonaro chega ao STF

Por Redação
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Ex-presidente da República e mais 11 pessoas foram indiciados no caso das joias sauditas. Alexandre de Moraes é o relator do caso no STF
jóias bolsonaro
joias da marca Chopard, avaliadas em R$ 16,5 milhões são alguns dos itens que constam do relatório da PF. Foto: reprodução

A Polícia Federal (PF) entregou nesta sexta-feira (5) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o relatório da investigação na qual o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 11 pessoas foram indiciados no caso das joias sauditas. A entrega foi feita pessoalmente por representantes da corporação no protocolo de processos da Corte.

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A investigação apurou o funcionamento de uma organização criminosa para desviar e vender presentes de autoridades estrangeiras durante o governo Bolsonaro. Entre os indiciados estão o tenente-coronel Mauro Cid; o pai dele, general de Exército Mauro Lourenna Cid; Osmar Crivelatti e Marcelo Câmara, ex-ajudantes de ordens de Bolsonaro; Fábio Wajngarten e Frederick Wassef, advogados do ex-presidente.

Após a entrega, o relatório será enviado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo. Segundo o STF, não deve ocorrer nenhuma movimentação do processo até a semana que vem. Moraes deve enviar o indiciamento dos acusados para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR). Caberá ao procurador-geral, Paulo Gonet, decidir se Bolsonaro e demais acusados serão denunciados ao Supremo e se tornarão réus.

Investigação

Bolsonaro foi indiciado por peculato, que é a apropriação de bens públicos, associação criminosa e lavagem de dinheiro, segundo informou a Polícia Federal. No relatório final, não há pedido de prisão preventiva ou temporária de nenhum dos indiciados.

As investigações levantaram que o ex-presidente da República ganhou joias e presentes no exercício do mandato e que parte desses itens começou a ser negociada nos Estados Unidos em junho de 2022, último ano do mandato.

Entre elas estava um kit de joias composto por um relógio da marca Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico entregue a Bolsonaro em uma viagem oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019.

Segundo as investigações, o relógio deixou o Brasil em um avião da Força Aérea Brasileira junto com uma comitiva do ex-presidente e foi vendido por cerca de R$ 300 mil para uma loja chamada Precision Watches, na Pensilvânia, nos Estados Unidos, em junho 2022. Em 2023, depois que a existência do Rolex foi revelada pela imprensa, aliados de Bolsonaro realizaram uma operação para recomprá-lo e entregá-lo de volta ao governo brasileiro.

Também estão entre os itens de luxo negociados nos EUA joias da marca Chopard que entrou no Brasil em 2021, com uma comitiva do governo brasileiro. Os acessórios foram avaliados em R$ 16,5 milhões e apreendidos pela Receita Federal por ter entrado de forma irregular no país.

O ex-presidente nega todas as acusações.

 

Fonte: Agência Brasil e G1

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