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A retomada da economia passa pelo combate à pandemia. Conscientes dessa realidade, comerciantes de Niterói têm mostrado que é possível, sim, conviver com o “novo normal”, em vez de se deixar levar pelo clima de “liberou geral”, que preocupa especialistas. No Centro da cidade, que reúne os mais diferentes tipos de negócios e públicos, entre muitos exemplos ruins de desrespeito às regras sanitárias, tem lojista que ainda segue à risca a cartilha de cuidados. São estabelecimentos que ainda obedecem regras de lotação e distanciamento entre clientes.
Um exemplo é a Casa Magalhães, de material de construção e hidráulica, que fica na Rua Visconde de Itaboraí e mantém um número restrito de clientes dentro da loja. Uma corrente na entrada avisa que é preciso esperar. Dependendo da hora, há fila de clientes, mas o comerciante não cede à tentação de deixar que todos entrem ao mesmo tempo:
– Geralmente fica uma “filinha” na porta e entra de uma em uma pessoa por vendedor – disse uma funcionária da casa.
Entidades que representam os comerciantes da cidade reconhecem que os negócios têm melhorado, conforme os riscos da pandemia são reduzidos. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e o Sindicato dos Lojistas (Sindilojas) concordam que houve uma “inegável melhora” no faturamento nos últimos meses, que ambos devem ao avanço na vacinação na cidade, porém acreditam que as medidas de cuidado com a saúde são fundamentais para um retorno mais rápido. O presidente da CDL, Luiz Vieira, afirma que esses novos hábitos chegaram para ficar por ainda um bom tempo:
– Será sempre um procedimento padrão do comércio e quanto mais houver colaboração, ajudamos a população a não propagar o vírus, a conquistar a sua liberdade de consumo e assim, retornar a uma vida normal nos próximos meses.
O Presidente do Sindilojas, Charbel Tauil, acredita que a colaboração dos empresários da cidade e também da população pode fazer a situação econômica melhorar muito nos próximos meses:
– Há uma expectativa positiva, no sentido de finalmente estarmos recomeçando a trilhar o rumo da normalidade econômica.
Maioria dos comerciantes está otimista
Dados de uma pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio), feita entre 2 e 7 de agosto, revelam que 87% dos lojistas do Estado esperam, sim, que a situação de seus negócios melhore ou melhore muito nos próximos três meses. O principal fator limitante para o crescimento, segundo a pesquisa, não são as restrições de circulação ou as regras de distanciamento dentro dos comércios, e sim a falta de demanda, resultado da crise econômica e do desemprego. Porém, essa percepção melhorou um pouco: em agosto, 43,9% dos empresários afirmaram que a demanda por seus serviços tem sido insuficiente, em julho, essa 45,6% dos entrevistados tiveram essa percepção.
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