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Quase 70% dos casos de síndrome respiratória aguda grave são Covid-19, segundo boletim da Fiocruz

Por Redação
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Total de óbitos por vírus respiratórios também segue a mesma tendência: 92,22% foram em decorrência de Covid-19
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Especialistas da Fiocruz recomendam o retorno do uso de máscara. Foto: Reprodução da Internet

Cerca de 70% das ocorrências de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), nas últimas quatro semanas epidemiológicas, estão relacionadas à Covid. É o que aponta o Boletim InfoGripe da Fiocruz divulgado nesta quinta-feira (9). O total de óbitos por vírus respiratórios também segue a mesma tendência: 92,22% foram em decorrência de Covid-19.

Leia mais: Niterói começa quarta dose da vacina contra a Covid para pessoas com 50 anos

O documento reforça também a tendência de aumento dos casos. A análise referente à semana de 29 de maio a 4 de junho registrou 7,7 mil casos de SRAG no país. “Em nível nacional, observa-se cenário claro de crescimento no número de casos semanais de SRAG associados à Covid-19 em todas as faixas da população adulta”, aponta a Fiocruz.

Já nas faixas de 0 a 4 anos, os casos seguem fundamentalmente associados ao vírus sincicial respiratório (VSR), embora também se observe presença de Covid-19, rinovírus e metapneumovírus.

Diante do contexto, a Fiocruz ressalta a importância da dose de reforço da vacina e do retorno do uso de máscaras.

– É fundamental que a população retome certas medida simples e eficazes como o uso de máscaras, especialmente no transporte público, seja ele coletivo ou individual – tais como ônibus, trem, metrô, barcas, táxis e aplicativos. E quem ainda não tomou a dose de reforço da vacina da Covid, é preciso tomar. A vacinação é simplesmente fundamental – alerta o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

Brasil no ranking de casos da OMS

Em um boletim divulgado nesta quarta-feira (8), a Organização Mundial de Saúde (OMS) apontou que o Brasil registrou o quarto maior número de casos de Covid no mundo na semana de 30 de maio a 5 de junho, o que corresponde a um aumento de 36% em relação à semana anterior. O número de casos registrados no Brasil equivalem a 7,15% dos mais de 3 milhões vistos em todo o mundo no período. O país só ficou atrás de Estados Unidos, China e Austrália. O quinto maior número foi visto na Alemanha.

O Brasil também figurou entre os que tiveram a maior quantidade de óbitos na semana: 652, conforme o levantamento da OMS – ficando atrás somente dos Estados Unidos e da China. A Rússia e a Itália também ficaram entre os 5 países com mais mortes.

Segundo o boletim, durante este ano já foram notificados 155.227 casos de SRAG, sendo 75.012 (48,3%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 57.328 (36,9%) negativos, e ao menos 14.701 (9,5%) aguardando resultado laboratorial. Das ocorrências com resultado positivo para vírus respiratórios, 5,2% foram por influenza A; 0,1% por influenza B; 9,1% por Vírus Sincicial Respiratório (VSR); e 82,7% por Sars-CoV-2 (Covid-19).

Vacina da gripe

A análise sinaliza que, embora não se destaque no dado nacional, o vírus Influenza A (gripe) mantém sinal de crescimento em diversas faixas etárias no estado do Rio Grande do Sul.

O coordenador do InfoGripe enfatiza também a importância da vacina da gripe. “Ela é fundamental em todo o país porque esse cenário, que hoje é particular no Rio Grande do Sul, pode acabar refletindo nos demais estados nas próximas semanas, no próximo mês”, conclui.

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