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Presos os mandantes do assassinato da Vereadora Marielle Franco

Por redação
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Um Deputado Federal, um Delegado de Polícia e um Conselheiro de tribunal do estado no comando d crime no Rio
avião da Polícia Federal
Avião da Polícia Federal conduz os prsos para Brasília. Foto: Reprodução

O nome da operação da Polícia Federal para a prisão dos acusados de encomendar a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), em 2018, diz tudo: “Operação Murder, Inc.”, algo como Corporação da Morte, em tradução livre. Neste domingo, foram presos o Deputado Federal, Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos Brazão, Conselheiro do Tribunal de Constas do Estado do Rio, e o Delegado  e ex-secretário de Polícia Civil Rivaldo Barbosa. Contrataram a morte e atrapalharam as investigações, confiando na impunidade, diante do poder da milícia no estado.

Para o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, a prisão, quase seis anos depois do crime,  é uma “vitória do Estado brasileiro”, “um triunfo expressivo do Estado brasileiro contra a criminalidade organizada”. Segundo ele, E há “elementos suficientes” nos autos para a oferta de uma denúncia por parte do Ministério Público.”

– Alguns integrantes dessa polícia [Civil do Rio de janeiro] logravam obstruir o avanço das investigações. Isso mostra que o crime organizado não terá sucesso em nosso país, pois temos polícia forte, efetiva, e as forças de segurança no Brasil estão alertas, atentas e estão preparadas para enfrentar o crime organizado – acrescentou.

Murder, Inc.

A Operação Murder, Inc. foi deflagrada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela Polícia Federal (PF). O caso era investigado pela PF desde fevereiro do ano passado, depois de anos sem avanço na Justiça estadual. A prisão acontece após o Supremo Tribunal Federal (STF) homologar a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa – que está preso desde 2019, sob acusação de ser um dos executores do crime. Lessa apontou quem eram os mandantes e também indicou a motivação do crime.

De acordo com as investigações, o crime estaria ligado à ação da vereadora contra a expansão territorial da milícia no Rio. O ministro leu um trecho do relatório da PF que cita “diversos indícios do envolvimento dos Brazão, em especial Domingos, em atividades criminosas como milícias e grilagem de terras. Ficou delineada divergência no campo politico em regularização fundiária e direito à moradia”.

– Me parece um trecho significativo sobre o assassinato de Marielle, que se opunha a esse grupo que queria regularizar terras para fins comerciais, enquanto o grupo de Marielle queria utilizar essas terras para fins sociais, de moradia popular – declarou Lewandowski.

 

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