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Presidente de seção eleitoral é detida em Niterói por suposto crime eleitoral

Por Gabriel Mansur
| aseguirniteroi@gmail.com

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Policial teria observado que mulher estava com adesivos contra Bolsonaro em sua bolsa; ela contraria versão
Presidente de seção eleitoral é deitida no Colégio Estadual Luciano Pestre. Foto: Google Street View
Incidente ocorreu no Colégio Estadual Luciano Pestre. Foto: Google Street View

Uma mulher foi detida na manhã deste domingo (30), durante o segundo turno das eleições, acusada de portar um adesivo contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) dentro do Colégio Estadual Doutor Luciano Pestre, no bairro Caramujo, em Niterói. Aos agentes da Polícia Militar, a mulher se identificou como presidente da seção eleitoral, o que poderia se configurar como crime eleitoral.

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Em nota, a corporação informou que “um policial militar de serviço observou que uma presidente de seção estava com adesivos de cunho político em sua bolsa.” Eles alegam ainda que “a equipe policial decidiu conduzir a ocorrência à 78ª DP, no Fonseca e, posteriormente, à Delegacia de Polícia Federal de Niterói para registro dos fatos”.

De acordo com a Justiça Eleitoral, mesários e presidentes de seções eleitorais não podem usar roupas ou objetos que contenham qualquer propaganda de partido político, de coligação ou de candidato, no local das seções eleitorais e das juntas apuradoras. No entanto, a mulher sustenta que o adesivo estava dentro de sua bolsa, e não à mostra.

Jovem se defende

De acordo com o site Enfoco, a jovem contrariou a versão oficial da Polícia Federal, nas suas redes sociais. Ela registrou seu relato antes de ser levada para a delegacia. De acordo com ela, o caso aconteceu antes dos portões serem abertos, enquanto os mesários ainda arrumavam a sala de votação.

– A gente estava arrumando a sala. Eles entraram na sala, armados, e me ameaçaram dizendo que eu estava do lado do Lula e que, por isso, eu ia fraudar a urna. Eles disseram que, se eu estava desconfortável, eu não deveria morar no lugar onde moro, que eu já deveria estar acostumada com armas – relatou.

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No relato, a mesária afirma que estava se sentindo desconfortável com a presença dos policiais e, por conta disso, pediu para os agentes se retirarem da seção eleitoral.

– Eu falei que a sala ia ficar desorganizada devido a presença massiva dos policiais. Disse que era melhor eles procurarem outro local, mas eles disseram que, por eu ser do outro lado (em referência ao PT), eu não gostava de policial. Eu falei que pessoalmente não estava me sentindo confortável de ficar meia dúzia de homens armados de fuzil dentro da sala – completou.

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