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NitTrans diz que não opinou sobre projeto que aumenta gabarito e pode piorar o trânsito em Niterói

Por Redação
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Em encontro com lojistas da cidade, Gilson Souza disse não ser o mais indicado para responder sobre o planejamento do trânsito na cidade
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Presidente da NitTrans preferiu não comentar sobre a Nova Lei do Uso de Solo seja aprovada. Foto: Amanda Ares

A NitTrans,  órgão encarregado do “do planejamento e gerenciamento técnico-operacional do sistema de transportes e trânsito e do sistema viário da cidade”, conforme apresentação no site da Prefeitura de Niterói, não foi chamada a discutir as mudanças na legislação do uso do solo propostas pela Prefeitura, que prevê aumento de gabarito em diversos bairros. Num encontro com empresários, o presidente da entidade, Gilson Souza, disse que o papel da NitTrans é viver o cotidiano: “Quando tiver o problema, eu vou ter que solucionar, dar meu jeito pra organizar.”

Empresários e moradores que participaram do Café Empresarial da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL) de Niterói, nesta terça-feira (5), saíram frustrados com a participação do presidente da NitTrans, Gilson Souza, no encontro. O convite era para uma conversa sobre “Políticas Públicas para o trânsito”.  Mas Souza se esquivou das perguntas dos convidados e disse que não participa das discussões sobre o planejamento urbano. Segundo ele, o assunto é da Secretaria de Mobilidade e Urbanismo.

300 mil carros

A conversa, realizada na Região Oceânica, prometia. Os constantes engarrafamentos, durante a semana, na saída para o Rio, e, nos fins de semana, no acesso à praias, é uma das maiores preocupações de moradores e comerciantes da região.  Logo no começo de sua fala, o presidente da NitTrans deu uma dimensão do problema: disse que hoje Niterói tem 300 mil carros registrados, além dos que são de outros municípios e trafegam pela cidade. Dá um carro para 1,9 morador.

Mas a conversa sobre “Políticas Públicas para o trânsito” não avançou. Perguntado se a NitTrans está acompanhando o projeto de lei 416/2021, a nova Lei de Uso do Solo, que permite o aumento do gabarito de Niterói, o que deve aumentar a frota de carros da cidade, o presidente da NitTrans disse que não opinou no projeto, e que não é a pessoa mais indicada para responder às perguntas sobre o planejamento do trânsito da cidade:

“Eu não sou a pessoa mais indicada. Quando tiver o problema, eu vou ter que solucionar, dar meu jeito pra organizar. É esse o papel da NitTrans, viver o cotidiano. O planejamento é com a Secretaria Municipal de [Mobilidade e] Urbanismo” afirmou.

Segundo o site da NitTrans, a entidade “é  responsável pelo planejamento e gerenciamento técnico-operacional do sistema de transportes e trânsito e do sistema viário da cidade, em conformidade com as políticas públicas adotadas pelo Governo Municipal”.

O projeto apresentado pela Prefeitura de Niterói propõe uma ampla revisão do gabarito na cidade e permite a construção de prédios de 12 andares em Charitas, dobrando o gabarito atual, edifícios de até 17 andares em regiões do Fonseca e Piratininga, e a construção de imóvel de onze andares no local do prédio histórico da Estação Cantareira, em São Domingos, entre outros pontos polêmicos.

Gilson Souza afirmou ao A Seguir que a NitTrans está “acompanhando todo o processo”, mas não quis opinar sobre o impacto de um possível aumento do gabarito para o trânsito na cidade, e encerrou:

– Prefiro que fale com o Secretário de Mobilidade [e Urbanismo].

 

 

 

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