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Exposição sobre ator Paulo Gustavo emociona morador de Niterói, a cidade que ele sempre promoveu

Por Redação
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Exposição “Rir é um ato de resistência” está no MAC e pode ser visitada de terça-feira a domingo, até o dia 1º de junho
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Cenários de “Minha mãe é uma peça” foram os mais procurados pelos visitantes. Foto: Prefeitura/ Luciana Carneiro
Foi como um reencontro. Os moradores de Niterói revendo o ator Paulo Gustavo, que tanto promovia a cidade e que Niterói sempre soube abraçar.
A abertura da exposição “Rir é um ato de resistência” emocionou e também divertiu o público que foi conhecer de perto um pouco mais sobre a trajetória do ator, humorista, roteirista e diretor niteroiense Paulo Gustavo, no Museu de Arte Contemporânea (MAC).

A exposição

Organizada em cinco galerias, a exposição reúne registros da infância e juventude, materiais de acervo pessoal, figurinos originais de personagens marcantes, além de cenografias imersivas que convidam o visitante a reviver momentos inesquecíveis de sua carreira.
Moradora de Campos dos Goytacazes, a doceira Maria Cristina Costa, 66 anos, foi visitar a exposição com o marido e o filho antes de retornar para a cidade onde mora na Região Norte Fluminense do estado do Rio. Ela posou para foto com o roupão da personagem Dona Hermínia, do filme “Minha mãe é uma peça”.
– Achei a exposição muito bonita. Quando o meu filho me levou para assistir o filme dele, eu senti que todo o preconceito que tinha foi embora naquele momento. É sem explicação. E depois disso realmente eu senti que muita coisa mudou em mim. Paulo Gustavo era uma pessoa que merecia viver muito mais com a família. A gente poderia rir muito mais. Ele era a alegria pura –  afirmou ao lado do filho de 27 anos e do marido.
A analista de RH Nathalia do Prado, 34 anos, soube da exposição pela internet e quis visitar logo no primeiro dia. Ela trouxe a mãe e o filho de 6 anos.
Paulo Gustavo parecia um membro da nossa família. A exposição está muito linda, está bem legal. Você vê as peças que ele usava e é muito interessante porque que você olha no papel e fala assim: cara ele usou essa roupa – comentou.
A atriz Manuela Duarte, 40 anos, estava muito emocionada logo na entrada da galeria e disse que Paulo faleceu no dia do aniversário da mãe.
Paulo é muito grande. A morte dele foi tão forte que me desestruturou. Ali vimos o Brasil representado. A passagem dele com o Brasil todo chorando foi a alegria do Brasil indo embora naquele momento da pandemia. Foi uma perda muito grande e parecia que ele era como um irmão. Até hoje eu não lido bem com isso –  disse.
Moradora de Icaraí, a assistente social aposentada Tânia Flores, 65 anos, é também atriz amadora e disse que gostou muito da exposição.
– Achei impressionante. A exposição está maravilhosa. A essa altura não sei nem o que dizer sobre ele, como ator, comediante, porque ele foi uma pessoa muito além do seu tempo, e a exposição mostra tudo isso. Eu estou gostando bastante”, comentou.

Exposição imersiva

A exposição é dividida em cinco partes. A primeira conta, por meio de fotografias, uma linha do tempo da vida do ator, desde a sua infância. A segunda galeria remete a um universo lúdico, com instalações interativas e exibição de um telão com imagens e falas memoráveis de sua carreira.
O terceiro espaço é destinado à moda, com uma mostra do que fazia “a cabeça” do Paulo Gustavo, que tinha a moda como uma forma de expressão e adorava muito brilho.
A quarta parte da exposição é uma coleção de seu acervo pessoal de arte, com obras de artistas renomados, incluindo uma escultura que fica bem na entrada do MAC.
O último espaço reúne uma seleção de cenas de suas atuações no cinema, televisão e teatro, além de trechos de entrevistas. É um espaço de imersão e aproximação com o público, em uma sala que traz uma atmosfera de cinema para o museu.
Viúvo do ator Paulo Gustavo, Thales Bretas é o idealizador do projeto junto com a família.
É muito emocionante estar realizando essa exposição. Era um projeto que eu tinha em mente desde que tudo aconteceu e me faltava força e coragem para tocar. Essa exibição traz um pouco mais da vida do Paulo, quem ele foi e o que ele representou. Foi importante começar por Niterói, cidade em que ele nasceu, que ele amava tanto e que, inclusive, retratava nos filmes – detalhou.
O trabalho contou com a curadoria de Nicolas Martin e com a co-curadoria de Juliana Cintra, amiga pessoal do ator.
A exposição “Rir, um ato de resistência” faz parte da Lei de Incentivo à Cultura, com apresentação do Ministério da Cultura e do Grupo Bradesco Seguros, patrocínio da TV Globo e Multishow, e apoio da Prefeitura de Niterói, por meio da Fundação de Arte de Niterói (FAN) e do Museu de Arte Contemporânea, e da Galeria Silvia Cintra + Box 4, com realização da InterArt.

Serviço:

Exposição: “Paulo Gustavo, Rir é um ato de resistência”
Local: MAC – Museu de Arte Contemporânea de Niterói / Mezanino
Período: 13 de abril a 01 de junho de 2025
Horários: terça a domingo, das 10h às 18h (entrada até 17h30)
Ingressos: venda somente com pagamento em dinheiro direto na bilheteria do MAC – R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia). Quartas-feiras gratuitas.
Endereço: Mirante da Boa Viagem, s/n – Boa Viagem, Niterói – RJ
Classificação: Livre

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