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O sistema de jardins filtrantes do Parque da Orla da Lagoa de Piratininga, na Região Oceânica, em Niterói, ‘entrou em funcionamento.’ Foi assim, sem falar em inauguração, como chegara a anunciar, que a Prefeitura de Niterói apresentou, às vésperas da eleição, a primeira entrega do projeto de revitalização da lagoa. O sistema usa recursos naturais para filtrar as impurezas das águas pluviais e das bacias do Rio Cafubá, do Rio Arrozal e do Rio Jacaré e melhorar a condição da água da lagoa de Piratininga.
O Prefeito Axel Grael (PDT) esteve no local nesta terça-feira (27). A previsão é de que as reformas, orçadas em R$ 100 milhões, sejam totalmente concluídas até maio do ano que vem.
– Estou feliz de ver o estágio em que estamos de implantação do Parque Orla, porque isso aqui é um sonho de muitos anos. Estamos vendo os equipamentos implantados nesse parque, que nos ajudarão a despoluir a Lagoa de Piratininga e a Lagoa de Itaipu. É uma solução inovadora, segura e eficiente – comentou.
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O projeto
Além dos jardins filtrantes, o projeto do Parque de Piratininga prevê a reurbanização de toda a orla, paisagismo, iluminação pública, requalificação de vias e acessos existentes, a implantação de equipamentos esportivos e até a construção de um museu ecológico.
Neste contexto, a Prefeitura promete entregar, até maio, 10 quilômetros de infraestrutura cicloviária, 35.290 m² de jardins filtrantes, quatro píeres de contemplação e seis de pesca, três mirantes, 17 áreas de lazer, um Ecomuseu com 2.800 m² e 8,3 quilômetros de vias de tráfego misto.
O Parque é projetado para ter uma área de 680 mil metros quadrados, incluindo as ilhas do Modesto, Pontal e do Tibau. Ele foi planejado, sobretudo, para proteger e recuperar os ecossistemas da Lagoa de Piratininga e o seu entorno e recuperar a qualidade ambiental das águas, evitando a chegada de sedimentos e nutrientes. O projeto de sustentabilidade ambiental ganhou um prêmio internacional, o LATAM Smart City Awards 2022, na categoria “Prêmio Desenvolvimento Urbano Sustentável e Mobilidade”.
Os jardins filtrantes são tecnologias baseadas na natureza para tratamento de águas efluentes e lodos. Desse modo, se diferenciam de outras obras de saneamento por utilizar a vegetação como um dos elementos do sistema. Ademais, neste sistema as plantas macrófitas realizam a função de absorção de toda matéria orgânica para sua alimentação (raízes).
Elas ainda têm o poder de criar um ambiente dentro dos próprios jardins, ajudando, por fim, o desenvolvimento de bactérias que realizam a quebra de partículas poluentes. Em suma, não há aplicação de agentes químicos artificiais ou microrganismos de fora do meio.
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