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Prefeitura de Niterói apela para rede privada de Saúde para diminuir a fila de exames médicos

Por redação
| aseguirniteroi@gmail.com

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Marcação de exames pode demorar até dez meses em algumas especialidades
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Exames de imagem serão encaminhados para a rede privada; proposta foi criticada por servidores da saúde. Foto: arquivo

De acordo com a prefeitura, o projeto, chamado Fila Zero, deve entrar em vigor até o final de julho com previsão de acabar com a espera nos três meses seguintes. O pagamento será feito utilizando uma tabela emergencial de complementação financeira dos valores praticados pelo SUS, que prevê valores diferenciados para a remuneração dos serviços prestados.

Fila de espera

De acordo com a prefeitura, a rede municipal recebe, em média, 8.700 pedidos mensais de exames em casos preventivos, sem contar os exames de urgência, que são realizados diariamente nas unidades de saúde. Os exames com maior demanda são ecocardiografia transtorácica (4.337), colonoscopia (4.185), ultrassonografia mamária bilateral (2.623) e endoscopia digestiva (2.526).

Em entrevista ao jornal O Globo, a secretária municipal de Saúde, Ilza Fellows, estima que exames com alta demanda, como o ecocardiograma, que hoje leva até dez meses para ser feito, poderão ser realizados em até dez dias, após a fila ser zerada. Ela pontua que a demanda por exames aumentou significativamente no pós-pandemia, com a população buscando mais os serviços da atenção básica, e destaca que essa é uma solução pontual e não definitiva.

O projeto recebeu críticas dos servidores de saúde do município, que defendem o uso dos recursos para a  melhoria dos serviços atuais da rede municipal. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência no Estado do Rio (Sindsprev Niterói), Sebastião José, entende que a proposta carrega o risco de sucateamento da rede municipal e que é preciso defender o SUS. Cita como exemplo, a existência do um centro de imagens no Hospital Carlos Tortelly, que faz exames de colonoscopia e endoscopia, que poderia ser ampliado, antes de se transferir recursos para a rede privada. Segundo ele, o mesmo poderia ser feito em relação ao hospital Orêncio de Freitas, que tem estrutura para receber um tomógrafo mais não conta com o equipamento.

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