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Brasil supera crise e pandemia e tem taxa recorde de emprego

Por redação
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Taxa de desemprego medida pelo IBGE fica em 7,7%, a mais baixa desde 2015; segundo instituto, o emprego move a economia
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O destaque do levantamento é o aumento do trabalho formal, com carteira assinada, invertendo uma tendência de anos de queda. Foto: arquivo

O Brasil tem 99,8 milhões de pessoas ocupadas. É o maior contingente da série histórica, iniciada em 2012. De acordo com os dados do IBGE, a população desempregada representa 7,7%, contra taxas de 9,4% registradas no mesmo período em 2022, governo de Jair Bolsonaro.

O nível de ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar, foi estimado em 57,1%, crescimento ante o segundo trimestre (56,6%) e estabilidade em relação ao terceiro trimestre de 2022.

– Temos simultaneamente um número maior de pessoas ocupadas e um recuo da pressão no mercado de trabalho [ou seja, um número menor de pessoas procurando emprego]. Isso contribui para uma queda consistente dessa taxa de desocupação -, explicou a pesquisadora do IBGE, Adriana Beringuy.

Mais empregos

De acordo com o levantamento do IBGE, o Brasil fechou o terceiro trimestre  em setembro com taxa de desemprego em 7,7%, o mais baixo desde o primeiro trimestre de 2015. Em números absolutos, o desemprego atinge 8,3 milhões de brasileiros, cerca de 100 mil a menos que no trimestre anterior, uma queda de 3,8% no trimestre e de 12,1% em 12 meses.

O grande destaque do levantamento foi o aumento do trabalho formal no país. Na comparação com o trimestre terminado em junho, a ocupação no mercado de trabalho avançou 0,9%. Em números absolutos, isso corresponde a quase 1 milhão (929 mil) pessoas a mais trabalhando no país, sendo que mais da metade (587 mil) foi contratada com carteira de trabalho assinada.

-Isso fez com que a expansão da ocupação formal fosse muito maior que a da informal. Não que a informalidade tenha caído. Chegamos a 39 milhões de pessoas trabalhando na informalidade, o que é um contingente significativo -, destacou Adriana.

Em números absolutos, o mercado de trabalho absorveu 631 mil trabalhadores formais e 299 mil informais no trimestre. A taxa de informalidade chegou a 39,1%, ficando estável na comparação trimestral.

Locação de mão de obra

Entre os setores econômicos analisados na pesquisa, o que registrou aumento significativo no número de ocupados foi o de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que absorveu 420 mil trabalhadores.

Segundo a coordenadora da pesquisa, o destaque das contratações neste setor partiu dos serviços financeiros e de locação de mão de obra, responsável também pela alta das contratações formais.

-Embora essa atividade tenha se destacado no pós-pandemia por causa dos serviços de tecnologia da informação, agora tem registrado expansões seguidas não só relacionadas a esse segmento, mas também aos serviços de locação de mão de obra, administrativos, jurídicos e financeiros. Além disso, boa parte do crescimento do trabalho com carteira assinada no trimestre veio por meio dessa atividade-  explicou Beringuy.

Setor público

Também teve destaque no trimestre o segmento de administração pública, com incremento de 207 mil ocupados. Na comparação anual, o maior aumento de ocupados foi observado justamente na administração pública (685 mil), seguido pelo de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (617 mil).

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