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O Brasil tem 99,8 milhões de pessoas ocupadas. É o maior contingente da série histórica, iniciada em 2012. De acordo com os dados do IBGE, a população desempregada representa 7,7%, contra taxas de 9,4% registradas no mesmo período em 2022, governo de Jair Bolsonaro.
O nível de ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar, foi estimado em 57,1%, crescimento ante o segundo trimestre (56,6%) e estabilidade em relação ao terceiro trimestre de 2022.
– Temos simultaneamente um número maior de pessoas ocupadas e um recuo da pressão no mercado de trabalho [ou seja, um número menor de pessoas procurando emprego]. Isso contribui para uma queda consistente dessa taxa de desocupação -, explicou a pesquisadora do IBGE, Adriana Beringuy.
De acordo com o levantamento do IBGE, o Brasil fechou o terceiro trimestre em setembro com taxa de desemprego em 7,7%, o mais baixo desde o primeiro trimestre de 2015. Em números absolutos, o desemprego atinge 8,3 milhões de brasileiros, cerca de 100 mil a menos que no trimestre anterior, uma queda de 3,8% no trimestre e de 12,1% em 12 meses.
-Isso fez com que a expansão da ocupação formal fosse muito maior que a da informal. Não que a informalidade tenha caído. Chegamos a 39 milhões de pessoas trabalhando na informalidade, o que é um contingente significativo -, destacou Adriana.
Em números absolutos, o mercado de trabalho absorveu 631 mil trabalhadores formais e 299 mil informais no trimestre. A taxa de informalidade chegou a 39,1%, ficando estável na comparação trimestral.
Entre os setores econômicos analisados na pesquisa, o que registrou aumento significativo no número de ocupados foi o de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que absorveu 420 mil trabalhadores.
Segundo a coordenadora da pesquisa, o destaque das contratações neste setor partiu dos serviços financeiros e de locação de mão de obra, responsável também pela alta das contratações formais.
-Embora essa atividade tenha se destacado no pós-pandemia por causa dos serviços de tecnologia da informação, agora tem registrado expansões seguidas não só relacionadas a esse segmento, mas também aos serviços de locação de mão de obra, administrativos, jurídicos e financeiros. Além disso, boa parte do crescimento do trabalho com carteira assinada no trimestre veio por meio dessa atividade- explicou Beringuy.
Também teve destaque no trimestre o segmento de administração pública, com incremento de 207 mil ocupados. Na comparação anual, o maior aumento de ocupados foi observado justamente na administração pública (685 mil), seguido pelo de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (617 mil).
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