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Polícia prende responsáveis por crimes contra crianças na internet

Por redação
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Polícia Civil desarticula mega organização criminosa que praticava crimes de ódio contra crianças e adolescentes nas redes sociais; ação acontece em oito estados
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Material apreendido pela Polícia Civil no Rio em ação contra grupos que incentivam o ódio na internet. Foto: Polícia Civil RJ

A secretaria Nacional de Segurança Pública deflagrou nesta terça-feira (15) ações contra grupos que incitam ações de ódio e violência contra crianças e adolescentes na internet. Foram feitas prisões em oito estados. No Rio, policiais civis da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) realizam a “Operação Adolescência Segura”, com o objetivo de desarticular uma das maiores organizações criminosas do país voltadas à prática de crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. Até o momento, dois suspeitos foram presos e três apreendidos.

A ação acontece poucos dias depois da morte da menina Sarah Raíssa Pereira de Castro, de oito anos, em Ceilândia, Distrito Federal,  depois de inalar desodorante, supostamente motivada por um desafio lançado no Tik Tok. O Instituto Dimicuida, que monitora brincadeiras perigosas na internet, registrou 56 casos de crianças ou adolescentes que morreram ou ficaram gravemente feridos no Brasil desde 2014 por causa desses desafios online.

Organização criminosa

Na ação em curso nesta terça-feira, estão sendo apurados crimes como tentativa de homicídio, induzimento e instigação ao suicídio, armazenamento e divulgação de pornografia infantil, maus-tratos a animais, apologia ao nazismo e crimes de ódio em geral.
–  Esta operação é resultado de uma investigação profunda que mostrou o envolvimento de pessoas de diversos estados do país na prática dos crimes. A Polícia Civil emprega toda a tecnologia e as ferramentas de inteligência possíveis para enfrentar os grupos criminosos – ressalta o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi.
As diligências ocorrem também em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul e conta com o apoio da CyberLab da Secretaria Nacional de Segurança Pública. São cumpridos mandados de prisão temporária e de busca e apreensão, além de internação provisória de adolescentes infratores.
No Rio, as investigações foram iniciadas em fevereiro, quando um morador de rua, em Jacarepaguá, foi atacado e teve 70% do seu corpo queimado por um adolescente que atirou coquetéis molotov, enquanto um homem filmava e transmitia em tempo real em uma plataforma on-line.

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