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Ele lembra muito um pato e é natural da América do Sul, em lugares como Chile, Argentina e Ilhas Malvinas. Fica à vontade em temperaturas entre 15 graus e abaixo de zero, porém consegue tolerar até 30 graus, por isso, às vezes, o Pinguim de Magalhães, como é conhecida a Spheniscus magellanicus, faz um passeio pelo Oceano Atlântico. Quando se perde na corrente marítima, o pinguim sul-americano pode ser visto em praias brasileiras, como aconteceu em Itacoatiara e Camboinhas, nestes sábado (24) e domingo (25).
Para a surpresa e alegria de Sara Zabotinski e os filhos, que moram em Itacoatiara e estavam na praia neste sábado, um exemplar da espécie despontou na arrebentação por volta das 11h30. O animal nadava com velocidade, mas ela rapidamente ligou a câmera do celular e conseguiu registrar o encontro:
– Eu fui tirar uma foto das crianças, e vi um pinguim parado, e pensei que fosse um pato. E aí, depois, ele conseguiu a nadar como um pinguim mesmo. Eu jamais imaginaria que era um pinguim.
Pinguim surpreendeu banhistas em Itacoatiara no sábado. Vídeo: Ana Zabotinski
Ela disse que o pinguim nadou pela orla e depois, de volta para o oceano, não dando tempo de ser resgatado por ninguém. A Guarda Ambiental de Niterói recomenda que as pessoas não tentem pegar ou alimentar animais silvestres, mesmo que de aparência dócil, quando eles aparecem em ambiente urbano ou costeiro, e caso avistem, devem ligar pra o 153 e pedir o resgate especializado.
Uma outra aparição foi registrada por quem estava em Camboinhas neste domingo de manhã. É possível ver que os animais são de aparência semelhante, com a maior parte da plumagem preta, sendo a barriga branca, mas não dá para saber se é o mesmo que surpreendeu Sara e os filhos em Itacoatiara no sábado. Confira o vídeo:
Pinguim de Magalhães aparece em Camboinhas neste domingo. Vídeo de leitor
Espécie
Segundo o site do Instituto Chico Mendes (ICMBio), o Pinguim de Magalhães (Spheniscus magellanicus) é uma espécie que está quase ameaçado de extinção. Se alimenta de peixes, lulas e crustáceos, o que os fazem crescer saudáveis até o tamanho médio de 55 centímetros e pesando cerca de quatro quilos e meio.
Habitam os mares do Atlântico e Pacifico da América do Sul, mais precisamente na Argentina, Chile, Ilhas Falkland (Malvinas), e também Uruguai, mas no inverno, que vai de maio a agosto, assumem como parte de sua rota migracional o sul e sudeste do Brasil.
A principal ameaça à sobrevivência da espécie são os derramamentos de petróleo e outros hidrocarbonetos, a pesca predatória de espécies importantes em sua dieta, e as mudanças climáticas consequentes do aquecimento global que podem, por exemplo, vir a mudar o regime de chuvas, aumentando a precipitação durante o ano, tendo como possível consequência a inundação de ninhos e morte de filhotes.
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