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Pequena África carioca se torna Cátedra da FGV

Por Redação
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A iniciativa pretende aprofundar os estudos das produções teóricas de homens e mulheres pensadores negros
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A Pequena África é uma região do Rio onde viveram escravizados alforriados. Foto: reprodução

A Pequena África carioca vai virar Cátedra da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A inciativa tem o apoio da Prefeitura do Rio e pretende dar visibilidade e aprofundamento aos estudos das produções teóricas de homens e mulheres pensadores negros, valorizando a pluralidade dos saberes.

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A Cátedra Pequena África, que será lançada quarta-feira (20), na Casa Escrevivência, no bairro da Saúde, será a primeira dedicada integralmente a intelectuais negras e negros no País. O objetivo é estimular debates interdisciplinares sobre temas sociais, culturais e acadêmicos, a serem propostos por titulares negras/negros, com reconhecida trajetória na criação de pensamento, assim como na influência em políticas e programas públicos.

A Casa Escrevivência foi inaugurada, ano passado, pela escritora Conceição Evaristo para dispor do seu acervo bibliográfico e artístico. O imóvel fica no coração da Pequena África, região do Rio compreendida pela zona portuária, Gamboa e Saúde. É onde se encontra a Comunidade Remanescentes de Quilombos da Pedra do Sal e Santo Cristo, áreas habitadas por escravizados alforriados.

Para o desenvolvimento dessas atividades, foi instituído o Comitê Consultivo da Cátedra, composto por oito intelectuais, que se destacam pela produção de conhecimento e tenham lugar de expressão em seus campos de atuação, sendo referências, principalmente, nas dimensões da educação, da cultura e de políticas públicas. São eles:

Ayrson Heráclito – Artista visual, professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e curador

Benedito Gonçalves – Ministro do Superior Tribunal de Justiça

Conceição Evaristo – Professora e escritora

Dione Oliveira Moura – Professora e diretora da Faculdade de Comunicação (FAC) da UNB.

Jurema Werneck – Médica, doutora em Comunicação e Cultura (UFRJ), Diretora-Executiva da Anistia Internacional no Brasil

Muniz Sodré de Araújo Cabral – Sociólogo, jornalista, professor da UFRJ e escritor

Sonia Guimarães – Cientista, pesquisadora, professora, presidente da Comissão de Justiça, Equidade, Diversidade e Inclusão da Sociedade Brasileira de Física.

Thiago Amparo – Professor da FGV Direito SP e da FGV RI

Gestão 

O Comitê Consultivo da Cátedra definiu que o primeiro ano do programa da iniciativa terá uma gestão tríade. As catedráticas convidadas são: a professora e cantora lírica Inaicyra Falcão; a poetisa Leda Maria Martins; e a artista plástica Rosana Paulino.

Para marcar o lançamento do projeto, será realizada uma caminhada que se iniciará na Casa Escrevivência, onde as catedráticas serão recebidas pela escritora Conceição Evaristo, membro do comitê de seleção da Cátedra, e pelo Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Na sequência, todos irão ao Cais do Valongo, um dos marcos da cultura afro-brasileira na região portuária.

A artista plástica Rosana Paulino não participará do encontro, pois inaugurará uma exposição no MALBA – Museu de Arte Latino-Americano de Buenos Aires no mesmo dia.

A Casa Escrevivência Conceição Evaristo fica no Beco João Inácio, nº 4, no Largo da Prainha, no bairro da Saúde

 

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