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Partido de Bolsonaro cria tropa de choque na Assembleia Legislativa do Rio para “combater a desordem”

Por Redação
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Primeiro alvo da Comissão presidida pelo deputado Alan Lopes a redução da fiscalização do trânsito, multas e reboque de veículos infratores.
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A tropa de choque se apresenta com coletes da Comissão. O deputado Alan Lopes aparece à esquerda da deputada Índia Armelau. Foto: Alerj
A tropa de choque bolsonarista está formada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), com a instalação da Comissão Especial para Acompanhar as Políticas Públicas de Combate à Desordem Urbana, na terça-feira (15). O primeiro alvo da Comissão presidida pelo deputado Alan Lopes, do PL,  já foi definido: cobrar explicações ao Detran sobre as ações de fiscalização, multas e reboque de carros.  Segundo o deputado, “procuram pelo em ovo.”
Assim como o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro atacou o sistema de pontuação de infrações de trânsito na carteira de motorista, reduzindo o combate à violência no trânsito, o entendimento da comissão é que a fiscalização representa um transtorno para o cidadão, mais do que o estacionamento irregular, excessos de velocidade e riscos para a segurança do cidadão.

“A caneta vai cantar”

A comissão, que tem como vice-presidente o deputado Rodrigo Amorim (PTB),  tem forte maioria bolsonarista. Fazem parte da comissão  a deputada Índia Armelau (PL), relatora do grupo e, como integrantes do colegiado, os deputados Guilherme Delaroli (PL), Filippe Poubel (PL) e Dionísio Lins (PP).
No primeiro encontro, o colegiado aprovou a realização de audiência pública, conjuntamente com a Comissão de Transportes, para cobrar explicações sobre as operações de trânsito que resultam no reboque de veículos. Serão convocados os presidentes do Detran e do Detro, e de acordo com a nota da Comissão, “um homem identificado como Tadeu Vieira, que seria lotado no governo estadual e, mesmo sem prerrogativa de mandato ou de polícia, realiza fiscalizações amplamente divulgadas em rede social. Representante da Polícia Militar também será convidado.”
-Nosso gabinete tem recebido dezenas de denúncias sobre as operações ostensivas de trânsito, nas quais procuram pêlo em ovo e, ao rebocarem os veículos, levam para depósitos em municípios distantes. Além disso, muitas vezes os caminhões que rebocam estão com documentação atrasada e pneus carecas – afirmou o presidente Alan Lopes.
O deputado Guilherme Delaroli assegurou que “essa Comissão não é palco político.” Para ele, “o certo é certo, e o que está errado vamos fiscalizar e combater”, destacou. Ele  sugeriu a convocação do presidente do Detran: “São muitos transtornos provocados por operações que muitas das vezes penalizam o trabalhador”, justificou.
Para a relatora Índia Armelau, o trabalho do grupo no combate às irregularidades será intenso. “A caneta (fiscalização) vai cantar para onde tiver de cantar. Vamos precisar do apoio de todos que estão aqui, e de segurança também, porque essa comissão vai cumprir com as suas responsabilidades”, disse Índia, cuja eleição como relatora foi apoiada com “louvor” pelo deputado Dionísio Lins, que chamou de “indústria de caça-níquel” a atuação dos reboques.

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