11 de maio

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Pacote de obras em Niterói deve criar empregos na construção civil

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Especialista se diz otimista sobre postos de trabalho e impacto na economia da cidade com obras
Obras de urbanização no Parque Orla de Piratininga. Foto- Prefeitura de Niterói
Obras de urbanização no Parque Orla de Piratininga. Foto: Prefeitura de Niterói

Niterói tem cerca de 500 empresas de construção civil, que empregam formalmente 7.500 pessoas, o que, segundo o economista professor Ruy Santacruz, da Universidade Federal Fluminense, é um número consistente levando em consideração o número de habitantes. Se o novo Plano Plurianual enviado pela Prefeitura à Câmara Municipal for aprovado, a expectativa é que o pacote de obras dê impulso na geração de empregos e de renda na cidade para profissionais dessa área, um respiro para a categoria nos próximos três anos.

Segundo o professor, que é doutor em Economia pela UFRJ, o pacote de obras pode ser positivo para diminuir a dependência que a cidade tem no setor de comércio, atualmente responsável por 60% do PIB da cidade e que gera 63% dos empregos formais. O setor sofreu duramente com a pandemia, e variar as fontes de renda na cidade diminuiria o risco de um novo colapso:

– Niterói está muito enviesada para serviço, é uma cidade típica de serviços. Então, a área de construção civil é muito boa pra você ampliar essa fonte de renda. Se você aumenta o gasto em construção civil em 10%, 20%, isso é o que vai aumentar de emprego também, e a construção é altamente geradora de mão de obra.

Ele ressalta que as obras vão também ajudar a aumentar o turismo na cidade, melhorando o aspecto urbano e construindo áreas de convivência e lazer, como o Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis.

Outra questão relevante é o poder de consumo dos trabalhadores empregados nas obras, que irá afetar diretamente o setor de serviços e o comércio. O salário médio de um pedreiro na cidade é de R$1.758, já o de um eletricista é de R$2.204, e R$3.499 é a média de ganho de um mestre de obras, segundo o IBGE. O especialista faz uma conta simples para ilustrar o impacto positivo desse poder de consumo na economia local:

– Se você pegar esses salários de pedreiro, eletricista e outros, e multiplicar por três mil novos empregos, você vai ver a injeção na economia que você está dando, só em termos de salário, na vendinha da esquina, no mercado, na quitanda, e isso é muito útil para a economia da cidade. Fora a compra de material de construção gerada pela obra. Então, eu vejo isso com muito otimismo.

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