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O Ambulatório de Saúde Mental de Piratininga está com problema de abastecimento de medicamentos para pacientes psiquiátricos há quase seis meses. Além da falta de oito medicamentos constatados em visita técnica, o Ambulatório de Saúde Mental de Piratininga, que fica instalado nos fundos da Policlínica Regional de Piratininga Dom Luís Orione, ainda apresenta problemas de má conservação. Uma vistoria no local também atestou que duas salas dedicadas ao atendimento da população estão em situação precária e apresentam problemas como infiltrações, goteiras e alagamentos. Niterói conta com sete ambulatórios de saúde mental, que atendem cerca de 8 mil usuários. A responsabilidade de abastecimento dos medicamentos é municipal.
O parlamentar encaminhou requerimentos de informação e indicação legislativa à Prefeitura de Niterói solicitando uma posição da Secretaria Municipal de Saúde. Em vistoria realizada pelo vereador Professor Tulio, foi constatada a falta de oito medicamentos, o que preocupa, sobretudo, os pacientes psiquiátricos que dependem dos medicamentos e enfrentam algumas vezes crises sistêmicas. Os remédios que estão em falta são: Carbonato de lítio 300 mg, Clonazepam 2mg, Clorpromazina 25 mg, Clorpromazina 100 mg, Sertralina 25 mg, Levomepromazina 100 mg, Periaciazina 10 mg e Risperidona 2 mg.
Por meio de uma indicação legislativa, o vereador Professor Túlio (PSOL) solicitou a regularização do fornecimento de medicamentos ao Ambulatório de Saúde Mental de Piratininga. Ele afirma que os usuários vêm procurando o Poder Legislativo municipal para denunciar a falta de medicamentos na rede. Os remédios são essenciais para o tratamento, e a falta deles pode acarretar em graves prejuízos aos pacientes.
A reforma no Ambulatório de Saúde Mental de Piratininga, que contempla as obras de reparo, é outra reivindicação. As condições observadas de instalações do local afetam o serviço de saúde oferecido. O espaço apresenta infiltrações, goteiras e alagamentos.
– Há queixas de pacientes que precisam aguardar no sol para receber o atendimento. Não há espaço para terapia em grupo, o que, em muitos casos, é fundamental para o desenvolvimento do tratamento. Os atendimentos precisam ser realizados, frequentemente, no calçadão da praia, por falta de espaço no local – ressaltou o vereador.
Ainda segundo o vereador, há poucos profissionais de saúde no local. A maioria atua através de contratos de trabalho instáveis como RPA, o que coloca o atendimento sob risco. O vereador solicita à Prefeitura que seja realizado concurso público para contratação de profissionais, como psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, farmacêuticos e demais profissionais para atuação nos Ambulatórios de Saúde Mental do município.
– Em vistorias realizadas pelo nosso mandato, foi constatado um quadro reduzidíssimo de profissionais de saúde de carreira, assim como contratados através de outros vínculos empregatícios, voltados para o atendimento nos ambulatórios de saúde mental do município. A Saúde é um serviço essencial, e o atendimento médico é compreendido como atividade-fim. O concurso público é uma forma de garantir a competência do servidor e estabilidade profissional necessária para o atendimento a longo prazo.
Procurada pelo A Seguir, a Prefeitura negou a falta de de medicamentos. O Executivo informou que as unidades de Saúde Mental estão abastecidas, incluindo o ambulatório localizado na Policlínica Regional de Piratininga. Quanto à estrutura do local, a Prefeitura ressalta que, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, está realizando uma reestruturação na rede de saúde mental para aprimorar a qualidade dos serviços e ambientes de atendimento. O ambulatório da Policlínica de Piratininga será contemplado no projeto.
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