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Pacientes de psiquiatria continuam sem medicamentos em Niterói

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Profissionais de saúde da Caps do Largo, em São Francisco, afirmam que pacientes precisam de injeções diárias e estão tendo crises
Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do Largo : Foto- Reprodução internet
Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do Largo / Foto: Reprodução internet

O Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do Largo, em São Francisco, está com problema de abastecimento de medicamentos para pacientes psiquiátricos há quase três meses. No dia 19 de agosto, o A Seguir: Niterói mostrou que o local está com a farmácia zerada, sem remédios para os pacientes. Os profissionais de saúde da unidade afirmam que os pacientes que precisam de injeções diárias estão tendo crises de forma sistemática e relatam falta de receituários e talonários para prescrição médica.

De acordo com os profissionais, os receituários não têm sido enviados e os talões continuam a serem distribuídos na mesma quantidade que anteriormente, mesmo com um aumento de 50% da quantidade de médicos psiquiatras atuando na unidade. O vereador Professor Túlio (Psol) esteve no local no dia 30 de agosto e confirmou a falta de medicamentos. Uma indicação legistativa foi protocolada na tarde desta quinta-feira (9) e encaminhada à Prefeitura de Niterói. Até o momento não houve nenhum tipo de retorno.

No requerimento de informação encaminhado à Prefeitura, o parlamentar solicita ao Poder Executivo que regularize a distribuição de receituários e talonários para prescrição médica na rede municipal de saúde, de maneira a suprir os déficits e garantir uma distribuição que atenda às demandas específicas de cada unidade de saúde. Também é solicitada a previsão para a regularização da oferta de medicamentos, se há outras unidades, além do Caps, que se encontram sem algumas ou todas as medicações, as medidas que foram tomadas para a regularização da oferta de remédios, além das possíveis razões para a falta de regularidade da distribuição dos medicamentos.

– Nosso mandato tem recebido diversas denúncias de servidores, pacientes e parentes de pacientes do sistema municipal de saúde mental. A maioria das queixas é relativa à falta de medicamentos e estrutura. Entendemos que a pandemia criou dificuldades para a rede, mas a regularização da prestação desse serviço essencial de saúde é urgente e precisa ser tratada com prioridade. Estamos acompanhando as unidades da cidade, realizando vistorias e repassando as demandas para a prefeitura para que esse problema que vem se arrastando seja solucionado – ressaltou o vereador.

Durante a visita, foi identificada a falta dos seguintes medicamentos: Clonazepam 2 mg, Clorpromazina 100 mg, Clorpomazina 25mg, Fluoxetina 20mg, Diazepan 10mg, Imipramina 25mg, Levozine 100mg, Levozine 25mg, Litio 300mg, Risperidona 2mg, Risperidona 1 mg, Prometazina 25 mg, Diazepan 5mg.

No dia 19 de agosto, o A Seguir: Niterói entrou em contato com a Prefeitura solicitando a previsão de reposição de remédios. Na ocasião, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que havia realizado a compra emergencial e que o processo estava na fase das entregas, que seriam feitas diretamente às unidades da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), na qual os CAPS atuam como porta de entrada para os pacientes em crise. O A Seguir: entrou em contato novamente com a Prefeitura, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Procurada pelo A Seguir: Niterói, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) informou que vai apurar se há alguma denúncia sobre a falta de medicamentos do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).

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