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Operação da Polícia Federal mira contratos ilícitos do deputado Carlos Jordy

Por redação
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Candidato derrotado à prefeitura de Niterói, bolsonarista é suspeito de desviar recursos públicos
jordy
Investigação aponta prática de ‘smurfing’, a divisão de transferências em dinheiro em depósitos de baixo valor. Foto: arquivo

Foram seis mandados de busca, no Rio de Janeiro, Tocantins e no Distrito Federal. Na mira da Polícia Federal estão assessores dos deputados federais Carlos Jordy (PL-RJ) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

Operação Rent a Car

A operação, intitulada “Rent a Car”, foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino. O magistrado negou o pedido de buscas contra os próprios parlamentares – a Procuradoria-Geral da República (PGR) também se manifestou contra.  Os nomes dos assessores alvos dos mandados não foram divulgados.

Segundo a PF, agentes públicos e empresários teriam estabelecido um “acordo ilícito para o desvio de recursos públicos oriundos de cotas parlamentares”, usando contratos falsos com locadoras de veículos.

‘Os Smurfs’

Os indícios, segundo apurou a GloboNews, incluem transferências “sem justificativa aparente” e o chamado “smurfing” – aquela prática de dividir uma transferência de dinheiro irregular em pequenos depósitos sucessivos para que a transação não apareça no radar dos órgãos de fiscalização.

O site JusBrasil define assim a expressão: “Dentre as técnicas utilizadas para o branqueamento de capitais, o “smurfing” desponta como uma das mais populares e eficientes. Esta estratégia consiste no fracionamento de valores em quantias menores, de forma a evitar o rastreamento e a identificação das operações financeiras ilícitas. O termo “smurfing” tem sua origem na série animada “Os Smurfs”, em uma analogia que alude ao pequeno tamanho dos personagens e, consequentemente, ao fracionamento das transações financeiras.”

A PF apura também suposta relação desses assessores com uma empresa já citada em investigações por fraudes em licitação no Amazonas.

O G-1 informou que, por telefone, Sóstenes Cavalcante afirmou que soube dos mandados pela imprensa, e que seus advogados aguardavam para acessar o processo.  O parlamentar disse que conversou por telefone com Carlos Jordy, e que ambos têm contrato com a mesma locadora de veículos – que, segundo o próprio Sóstenes, atende seu gabinete desde o primeiro mandato (2015 a 2018).

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