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Obras de um dos maiores paisagistas do Brasil podem ser vistas na exposição “Antonio Parreiras: paisagens e marinhas”, em cartaz até o dia 23 de janeiro, no Museu de Arte Contemporânea (MAC), em Niterói. Exibe 37 telas do pintor niteroiense, produzidas entre 1887 e 1937. Todas fazem parte do acervo do Museu Antônio Parreiras e foram reunidas para celebrar os 80 anos, comemorados em janeiro, desse que foi o primeiro museu de arte do Estado do Rio de Janeiro e o primeiro no Brasil dedicado à memória de um artista. O MAP, porém, se encontra fechado, há dez anos, para obras estruturais.
Pintor, desenhista, ilustrador e professor, Antonio Diogo da Silva Parreiras nasceu em 20 de janeiro de 1860, em São Domingos. Foi na casa onde morou com a família, na Rua Tiradentes, 47, no bairro do Ingá, que foi criado o Museu Antonio Parreiras, em 1942.
Em 1884, quando aluno do artista alemão Georg Grimm, Parreiras abandonou a Academia Nacional de Belas Artes, acompanhando o mestre e outros colegas para formar o Grupo Grimm, no bairro de Boa Viagem.
Ele realizou diversas viagens de aperfeiçoamento à Europa. Pintou paisagens, nus, retratos e quadros de temas históricos. Em 1925, foi apontado como o maior pintor brasileiro, em votação realizada pela revista Fon-Fon. No ano seguinte, já consagrado como artista, publicou o livro autobiográfico “História de um Pintor Contada por Ele Mesmo”.
Sobre a obra de Parreiras, a curadora da exposição, Vanda Klabin, destaca a forte relação do artista com a paisagem:
– Sua sensibilidade pictórica e o constante fascínio que a natureza observada de perto exerceram no seu vocabulário visual traduzem a sua contribuição inovadora para o universo da arte brasileira – afirma.
A interpretação singular da natureza pelo pintor pode ser conferida, no salão principal do MAC, em telas como “A tarde”, vendida em 1887 para a Academia Imperial de Bellas Artes, para financiar a primeira viagem de estudo do artista à Europa, e “O fogo”, integrante da última exposição de Antonio Parreiras, em 1936, e que denuncia as queimadas nas florestas brasileiras.
Antonio Parreiras faleceu a 17 de outubro de 1937, deixando viúva a Dona Laurence Palmyre Martigué Parreiras, sua segunda esposa. Por sugestão dela, o governo do Estado do Rio de Janeiro fundou o MAP na casa onde o artista morou por 43 anos. A inauguração teve caráter solene e o museu teve como primeiro diretor o arquiteto e pintor italiano, naturalizado brasileiro, Pedro Campofiorito.
A mostra “Antonio Parreiras: paisagens e marinhas” conta também com duas obras do artista alemão George Grimm, mestre de Parreiras, e um retrato do homenageado, por Numa-Camille Ayrinhac.
Serviço:
Exposição “Antonio Parreiras: paisagens e marinhas”
Data: até 23 de janeiro
Visitação: de terça a domingo, das 10h às 18h, com entrada até às 17h30.
Local: MAC Niterói – Mirante da Boa Viagem, s/nº, Boa Viagem, Niterói, RJ
Ingresso: R$ 12 (inteira). R$ 6 (meia-entrada) – Têm direito à meia-entrada idosos a partir de 60 anos, jovens de baixa renda com idade entre 15 e 29 anos inscritos no CadÚnico, estudantes de escolas particulares, universitários e professores. É exigida a comprovação do direito ao benefício na bilheteria do museu.
Entrada gratuita para estudantes da rede pública (ensino médio), crianças de até 7 anos, portadores de necessidades especiais, moradores ou nascidos em Niterói (com apresentação do comprovante de residência) e visitantes de bicicleta. Na quarta-feira, a entrada é gratuita para todos.
Venda: pelo site da Sympla ou na bilheteria do Museu.
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