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A população é um fator do dinamismo da economia e da atividade social de um país, do estado e de suas cidades. O mapa da ocupação do território nacional apresentado pelo Censo 20/22 do IBGE revela algumas mudanças no cenário que nos acostumamos a viver, porque a pesquisa mostrou a inversão de algumas tendências, como a queda do ritmo de crescimento e a maior procura por cidades de médio porte. Vejamos alguns destaques do Censo no estado do Rio de Janeiro.
O Rio não deixará de ser a maior concentração de população do estado. A capital, sozinha, concentra 6.211.423 moradores. É menos do que no Censo de 2010, quando chegava a 6.320.446. Mas a diferença das demais cidades ainda é brutal.
A segunda cidade em população não chega a um milhão de habitantes, é São Gonçalo, e esta encolheu, caiu para 896.744 moradores, depois de perder quase 100 mil habitantes.
Os municípios da Baixada Fluminense formam o cordão conurbano do Rio de Janeiro, com cidades do porte de Caxias, com 808.152 moradores;
Em Nova Iguaçu, agora há 785.982 habitantes, e em Belford Roxo, 483.087. Todas perderam moradores, provavelmente pelas difíceis condições sociais. Emprego, aluguéis, condições de educação e saúde, dificuldade de deslocamento e, e sobretudo aa baixa qualidade de vida são fatores para explicar a procura por outras cidades.
A antiga capital do estado do Rio e a segunda maior cidade do Rio perderam população, mas em proporção diferente e por razões diversas. Niterói praticamente viu sua população estagnada, agravando uma situação que já se notava nos últimos anos, de redução das taxas de crescimento. Mas perdeu cinco mil moradores. E mantém alto índice de desenvolvimento humano, com boa renda e recursos de saneamento, saúde e educação.
A queixa mais frequentes dos moradores é o difícil trânsito e deslocamentos para o Rio. São Gonçalo tem outros problemas, baixa renda e carências em todos os setores. A cidade depende muito de Niterói para emprego, saúde, educação e lazer. A violência e as condições precárias de habitação são os principais fatores de fuga da cidade.
Maricá foi a grande surpresa do censo, no estado do Rio, com a maior taxa percentual de crescimento, a nona do Brasil: 54%. De um censo ao outro, a cidade ganhou quase 70 mil moradores. A população está perto de 200 mil. A explosão pode ser explicada em parte pelo acesso aos recursos dos royalties do petróleo, a maior participação de todo o país, e a melhoria da qualidade de vida, com saneamento, transportes gratuito, saúde e educação.
No mesmo roteiro da BR-101 aparecem também outros municípios que se beneficiaram da receita do Pré- Sal, como Saquarema, com 89.559 moradores e Cabo Frio, com uma população de 397.008.
Campos
O Norte Fluminense sempre foi um dos núcleos do desenvolvimento do estado, desde o ciclo do açúcar. A exploração do petróleo da bacia de Campos deu novo impulso à região, que atua, ao lado de Macaé, como apoio para as atividades de óleo e gás. O Pré-Sal talvez explique o aumento da população de um censo para outro. A cidade tem 520.124 moradores e roubou de Niterói a quinta posição no ranking do estado.
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