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O dia que os Kayapós tomaram conta do MAC, em Niterói

Por redação
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Caiapós cantam, dançam, exibem sua cultura e reclamam a proteção de suas terras e das floresta do Brasil
kayapo
A presença do chefe indígena Raoni lança luz sobre a emergência da questão ambiental no Brasil. Fotos: Gustavo Stepham
O líder caiapó Raoni Metuktire é reconhecido internacionalmente por sua luta pela preservação da Amazônia e dos povos indígenas. Aos 91 anos, ainda tem força para levar sua mensagem sobre os riscos que corremos com a destruição das florestas. No sábado, emocionou a multidão de niteroienses que foi ouvi-lo no MAC, na inauguração da exposição  Mekukradjá Obikàrà: com os pés em dois mundos” 

Precisamos refletir e pensar em como preservar a natureza. Estamos vendo o que o aquecimento global faz com a Terra, que está cada vez mais quente, e são os próprios homens que estão fazendo isso, prejudicando a vida desse planeta. Todos nós, indígenas e não indígenas, precisamos estar entender que precisamos viver juntos neste planeta , com todos se respeitando e lutando pela defesa da natureza, dos animais, dos rios -, disse o cacique Raoni.

O mesmo planeta

A exposição Mekukradjá Obikàrà: com os pés em dois mundos, no mezanino do MAC Niterói, exibe a constante transformação da cultura do povo Mebêngôkre-Kayapó – habitante de seis reservas indígenas no sul do Pará e no norte do Mato Grosso., através de fotografias, filmes e objetos. Um mergulho na cultura do povo Mebêngôkre-Kayapó.

A abertura da exposição foi marcada por cantos tradicionais apresentados por indígenas Kayapó e teve feira de artesanato, oficina de pintura corporal, mostra de filmes do Coletivo Beture e roda de conversa.

Mekukradjá Obikàrà quer dizer mistura,  o conceito que inspirou  a mostra,  resultado da mistura entre a modernidade e tradições Kayapó. Para retratar essa história, membros do Coletivo Audiovisual Beture, responsável pela curadoria da exposição, percorreram aldeias Kayapó para produzir materiais que desconstroem estereótipos sobre a população indígena e fortalecem a cultura da comunidade através de um olhar voltado para o futuro mas que respeite e honre o passado.

A exposição é realizada pelo Tradição e Futuro na Amazônia (TFA), projeto patrocinado pelo Programa Petrobras Socioambiental e gerido pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO). A Conservação Internacional Brasil e as organizações representativas parceiras do projeto, os institutos Kabu e Raoni e a Associação Floresta Protegida apoiam a iniciativa.

Serviço:
A mostra Mekukradjá Obikàrà: com os pés em dois mundos permanecerá no MAC até o dia 26 de novembro, de terça à domingo, das
10h às 18h. Os ingressos custam R$16,00 (inteira) e R$8,00 (meia).

 

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