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O A Seguir visitou: “Luz Aeterna – Ensaio Sobre o Sol”

Por Sônia Apolinário
| aseguirniteroi@gmail.com

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Com essa exposição no CCBB-RJ, iniciamos uma nova seção, sobre atrações no Centro do Rio, que acontecem próximo às barcas, na Praça 15
exposição luz gênesis 1
O sol é o ponto de partida da exposição. Fotos e vídeo: Sônia Apolinário

Informações sobre explosões solares; dados meteorológicos em tempo real, algoritmos e sua aleatoriedade; pixels; sons “coletados” do Sistema Solar. Estamos falando de uma inatingível aula de astrofísica? Não. Muito pelo contrário. Estamos falando de arte.

Foi com elementos desse tipo que artistas brasileiros criaram as instalações que compõem a exposição “Luz Aeterna – Ensaio Sobre o Sol”, em cartaz no CCBB-RJ.

O vídeo mostra os primeiros momentos de “Gênesis”.

Sim, é imersiva e altamente instagramavel. É também hipnótica e pode até deixar você zonzo, em alguns momentos – eu fiquei por breve instantes na primeira “parada”.

A mostra é o que se chama de Data Art. A obra Continuum (Junior Costa Carvalho e Rodrigo Machado)por exemplo, usa dados em tempo real de fenômenos solares e meteorológicos, captados via satélite, para dar “vida” a barras de led. Já Aquarela de Íons (Arthur Boeira e Gustavo Milward) utiliza dados retroativos de fenômenos solares que são narrados a partir de recursos visuais. Photosphere (Leandro Mendes), usa dados coletados do Universo para elaborar padrões vibrantes em uma tela circular. Em Perihelion (Bruno Borne), o céu é captado, reprocessado e projetado, em tempo real. O toque quase mítico de um sino vai ajudar você a sair do “transe”.

Nada disso, porém, é necessário saber para embarcar na jornada que conta uma história, por mais aleatória que possa parecer. A exposição “reproduz” a evolução da humanidade sob o ponto de vista da luz: no começo, onde o sol é uma divindade a ser respeitada e adorada, até a eletricidade, onipresente nas nossas vidas atuais a ponto de acharmos que se trata de algo “normal”.

Antonio Curti, curador da exposição, em um dos momentos da sua obra.

 

 

Não por acaso, a visita começa pela obra Gênesis assinada pelo estúdio AYA, fundado por Felipe Sztutman e Antonio Curti, este o curador da exposição. Nela, as projeções têm como objetivo fazer o público sentir o poder do sol – um privilégio ficar no meio de explosões solares e apreciar sua beleza na mais plena segurança.

 

 

 

 

Tenho um palpite que a obra candidata ao título de mais fotografada tende a ser Fluido Solar (ERO). Simplesmente porque é recriada a cada momento, a partir da própria imagem do visitante. Projetado na  instalação, ele tem seu  plexo solar revelado.

Fluido Solar exibe o plexo solar do visitante. Foto: Sônia Apolinário

Encerra a jornada Céu Zero (Leston) que brinca com luz e som para “capturar” a etérea linha do horizonte.

Visite quantas vezes quiser, o tempo que quiser, você nunca verá a mesma instalação duas vezes. Afinal, além de usarem dados em tempo real, que “modificam” a obra, a cada momento, os artistas também exploram a aleatoriedade dos algoritmos. Ou seja, nem eles mesmos têm o controle total de tudo o que o público vê. E sente.

Serviço

Luz Aeterna – Ensaio Sobre o Sol

Visitação até 12 de agosto, de quarta a segunda, das 9h às 20h (O CCBB-RJ não abre às terças)

Entrada gratuita. Ingressos disponibilizados na bilheteria do CCBB RJ ou em www.bb.com.br/cultura

O Centro Cultural Banco do Brasil fica na Primeiro de Março, 66, no Centro do Rio de Janeiro.

 

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