Niterói por niterói

Pesquisar
Close this search box.
Publicado

Novo Instituto da UFF vai atuar no combate à desinformação

Por Sônia Apolinário
| aseguirniteroi@gmail.com

COMPARTILHE

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia vai elaborar diagnósticos relacionados com a regulamentação da mídia e das plataformas digitais
professor uff
O professor Afonso de Albuquerque é o coordenador do INCT. Foto: Divulgação

O combate às fake news vai ganhar mais um reforço, no país. Na Universidade Federal Fluminense, está sendo estruturado o novo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFF (PPGCOM).

Sob a coordenação do professor do Departamento de Estudos Culturais e Mídia e do Programa de Pós-graduação em Comunicação, Afonso de Albuquerque, o INCT não será uma mera agência de checagem de informação.

Leia maisAlexandre Santini é indicado pelo Minc para assumir a Casa de Rui Barbosa

As ações do Instituto estarão voltadas, entre outras coisas, à elaboração de diagnósticos que auxiliem a tomada de decisão sobre os desafios de regulamentação da mídia e das plataformas digitais em diversos âmbitos; além do reforço da privacidade e governança de dados pessoais.

Estarão na mira de investigação do INCT  as dinâmicas de produção de conteúdo, a circulação e legitimação de desinformação nas plataformas digitais, a disputa da autoridade informativa com a mídia tradicional, os novos modelos de financiamento de plataformas, os mecanismos de legitimação do conteúdo, assim como as questões que envolvem os algoritmos e os dados.

De acordo com Albuquerque, entre os objetivos do Instituto, se destaca a “identificação dos problemas em escala global do ponto de vista da soberania nacional, de modo a formular estratégias que auxiliem o aprimoramento do exercício do poder democrático na arena informacional contemporânea”:

– Ao investigar a noção de soberania, a proposta reforça a capacidade do país em criar políticas de combate para a circulação de informações danosas em seu território, sobretudo por conta da ampla difusão de plataformas de comunicação digital – explica.

Ele observa que, atualmente, as plataformas constituem-se em espaços aterritoriais, “cujas relações são estabelecidas à revelia dos países”.

– Muito se discute a respeito da necessidade de regular essas relações ou do impulsionamento do fenômeno da desinformação em diversas áreas, como no campo da saúde e também eleitoral – afirma.

Assim, o projeto também possui como intuito montar uma rede internacional de investigadores na área de informação e soberania com liderança brasileira, investigando a evolução de plataformas e algoritmos,  “oferecendo um diagnóstico contínuo acerca de como as mudanças implementadas por atores privados afetam o interesse público”.

– A possibilidade de desenvolvermos um olhar próprio sobre o tema é fundamental, mas nada fácil, considerando o que o sistema acadêmico global reserva aos países situados fora do eixo ocidental. O debate sobre a soberania informacional tem interesse para toda a sociedade e, também, para os demais campos da ciência, dado que a desinformação política e a desinformação científica se constituem em fatores de desestabilização do tecido social no mundo contemporâneo.

UFF em Brasília

O reitor da UFF, professor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, foi um dos dirigentes que compareceu ao encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na quinta-feira (19), em Brasília. O evento, segundo ele, foi revestido de simbolismos, “mas também de importantes ações práticas e concretas”.

Na sua opinião, realizar uma reunião com reitores com menos de 20 dias do início do novo governo “é emblemático e simbólico, ainda mais frente aos múltiplos desafios, incluindo atos  anti-democráticos que se deflagraram recentemente”:

– A despeito de um cenário adverso, o presidente convocou esta simbólica reunião para enfatizar o papel central que a educação terá no seu governo e no desenvolvimento nacional. Ele também assumiu compromisso com a autonomia universitária e conclamou os reitores a assumirem o protagonismo das mudanças necessárias do ensino superior.

 

Com Agência UFF

 

 

 

COMPARTILHE