9 de janeiro

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‘Nossa abordagem à população em situação de rua será com assistência social’, diz secretário de Ordem Pública e Segurança

Por Sônia Apolinário
| aseguirniteroi@gmail.com

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O coronel Gilson Chagas e seu subsecretário, major Costa, participaram da primeira reunião do ano do Conselho Comunitário de Segurança Pública
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O número elevado de pessoas em situação de rua, em Niterói, foi uma das queixas feitas, durante o evento. Foto: arquivo A Seguir Niterói

O aumento dos roubos a bancas de jornais; os muitos furtos que acontecem no Centro da cidade e o número elevado de pessoas em situação de rua foram as principais queixas ouvidas, nesta quarta-feira (8), pelo novo secretário de Ordem Pública e Segurança de Niterói.

O coronel Gilson Chagas participou da primeira reunião do ano do Conselho Comunitário de Segurança Pública, realizada na sede da CDL, no Centro. Não foi sozinho. Seu subsecretário, major Davi Ricardo Costa, também se sentou à mesa do evento.

Leia mais: Roubo e furto de veículos estão em alta em Niterói

Na mesa do evento, de colete amarelo, estão o secretário e sub de Ordem Pública e Segurança, respectivamente, coronel Gilson Chagas e major Davi Ricardo Costa. Foto: CDL

Em assento próximo a Chagas estava o comandante do 12º BPM, coronel Leonardo Oliveira. O secretário já ocupou esse cargo entre 2013 e 2015. Mais próximo de Costa quem estava na mesa era o subtenente Bandeira, do Segurança Presente. Ele participou da reunião como representante do Tenente Carvalho que está de férias e ocupa, provisoriamente, a coordenação do programa que, há dois meses, aguarda a chegada do novo titular. O subsecretário é ex-coordenador do Niterói Presente, além de ex-coordenador operacional do Segurança Presente no Estado do Rio de Janeiro. Também já foi secretário de Ordem Pública em São Gonçalo.

Chagas, que foi titular da mesma pasta em outra gestão do prefeito Rodrigo Neves, informou que, em relação às pessoas em situação de rua, assistentes sociais e guardas municipais vão reforçar as equipes nas ações de zeladoria – frustrando os presentes que pediam internação compulsória dessas pessoas.

Houve quem lembrasse, inclusive, que o MPRJ fez questionamentos à prefeitura de Niterói, relacionados com as abordagens aos moradores em situação de rua – o MPRJ considerou algumas ações fora das normas.

– Estou respondendo uma série de indagações do MP feitas a partir de iniciativas de parlamentares junto ao Ministério Público. Estou falando de esclarecimentos, nada além disso e não há problema em relação a prestar esclarecimentos. Mas nossas abordagens serão com assistência social – disse o secretário que já foi o coordenador geral de Segurança Pública do Ministério Público do Rio de Janeiro.

Sobre a guarda municipal, Chagas informou que, em 2013, eram 250 integrantes, enquanto o contingente atual é de 700. Como concurso já em andamento, chegará a mil integrantes.

Sobre assistentes sociais, não deu informações sobre quantos fazem parte da equipe da prefeitura, atualmente, nem de que forma será feito o reforço nessa área.

Ele aproveitou para listar melhorias na segurança de Niterói promovidas pela prefeitura, apesar da questão ser da alçada do governo do estado: implantação de uma delegacia de homicídios; o Niterói Presente (programa que o estado quis a gestão de volta e agora se chama Segurança Presente); a elaboração do Pacto de Niterói contra Violência que tem ênfase na prevenção; o cerco eletrônico que, segundo o secretário, fez com que o número de veículos roubados caísse de 300 para 30, na cidade e o Centro Integrado de Segurança Pública de Niterói que ajudou e ainda ajuda na integração entre as policiais.

Quando o Cisp entrou em cena, ao ser citado pelo secretário, a pergunta de várias pessoas foi uma só: as câmeras estão ou não funcionando?

– O Cisp está em permanente expansão. Vem aí o Cisp 2.0 que juntar vários equipamentos com tecnologia. Vai ter sempre necessidade de melhorar o Cisp – foi a resposta do secretário, que acrescentou: – Com o Cisp, conseguimos monitorar a cidade e desenvolver na criminalidade a consciência de que a cidade estava sendo monitorada e os carros que são roubados são recuperados com uma velocidade muito grande; graças ao empenho dessas equipes. Os guardas municipais no CISP, mas principalmente a polícia militar e a polícia civil, estão trabalhando firme nisso

Na sua avaliação, os índices de violência de Niterói estão sob controle e podem até ser considerados bons.

– Quando comparamos Niterói com os demais municípios da região metropolitana, verificamos que estamos na contramão no município do Rio de Janeiro, São Gonçalo, Itaboraí e lugares da Região Metropolitana. Isso se deu devido a muito trabalho, muita integração das forças de segurança. Foi um trabalho árduo, continua sendo e temos novos desafios a serem enfrentados como a questão da população de rua e os furtos no Centro da cidade – afirmou Chagas.

No final da reunião, em rápida entrevista para o A Seguir, o major Costa observou que, além das ações de zeladoria relacionadas com população em situação de rua, a secretaria de Ordem Pública e Segurança será responsável por coibir as motos barulhentas e promover o reordenamento urbano.

Faz parte desse ordenamento tirar das calçadas camelôs não legalizados. Ele, porém, não soube informar o contingente de ambulantes da cidade nem estimar o percentual de ilegais que estão pelas ruas da cidade.

 

 

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