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No mês que marca os 60 anos do golpe militar, a Universidade Federal Fluminense (UFF) promoverá o evento “Flores que vencem canhões“, que também relembra os 50 anos da Revolução dos Cravos em Portugal. Na programação estão previstas diversas atividades lúdicas, como uma mostra de cinema, peças, exposição e cinedebates relacionados ao tema. A entrada de alguns eventos é franca.
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Embora não estejam conectados, ambos os eventos remetem a períodos marcados por regimes de ditadura ao refletirem sobre autoritarismo, justiça, memória e democracia.
A programação teatral começa nesta quarta (10) com a peça “69 cômodos“, às 20h. A entrada é franca.
A peça aborda as relações de pessoas comuns com suas casas e com a cidade. Ao longo de dois meses, o grupo Teatro ao Redor frequentou o cortiço centenário Chora Vinagre e percorreu diferentes bairros do Rio de Janeiro, registrando conversas com inúmeros moradores, como uma imigrante israelense que ama São Paulo e odeia os cariocas, um ex-compositor da Escola de Samba Mangueira, uma criadora de pássaros que participa de rinha de aves, uma senhora que vive há mais de 90 anos na mesma rua e uma criança que sonha em ser atriz de série coreana.
No fim de semana será apresentado o musical “Leci Brandão – Na palma da mão“, sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Nos dias 16 e 17 será a vez da peça “Milagres do Brasil“.
No dia 23, a cantora Indiana Nomma fará um show em homenagem a Mercedes Sosa e no dia 24 é a vez do espetáculo “Revolução na América do Sul”, com texto de Augusto Boal, que será apresentado às 20h.
A premiada “A tropa”, com o ator Otávio Augusto entra em cartaz novamente na UFF no próximo dia 19 de abril, em curta temporada até o dia 21. O ator celebra os seus 6o anos de carreira. A peça tem direção de César Augusto e texto de Gustavo Pinheiro. O espetáculo narra a história de um pai doente que recebe a visita de seus quatro filhos no hospital.
O que seria apenas um encontro familiar acaba se tornando um acerto de contas permeado de humor e revelações. O pano de fundo são os últimos 50 anos de História Brasileira.
Segundo Otávio Augusto, a peça toca na ferida ao trazer visões de lados que se opõem. Com drama e humor, revela falhas de caráter aliadas ao poder que causam muita dor.
Na seleção de filmes, o destaque da programação é a sessão especial dos 60 anos de lançamento de “Deus e o diabo na Terra do Sol“, de Glauber Rocha, no dia 20 de abril. O filme será exibido por uma cópia restaurada em 4K. No dia da exibição, marcarão presença o cineasta Walter Lima Jr. e Othon Bastos, ator do filme.
No dia 15 de abril, o Cine Arte UFF exibe “Retratos de Identificação“, de Anita Leandro e no dia 22, encerrando a programação, será exibido o filme “Pastor Cláudio“, de Beth Formaggini.
Para mais informações, acesse o site do Centro de Artes UFF.
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