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No Rio, 95% dos internados por Covid não foram vacinados

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Número de casos e internações aumenta na capital, e Prefeitura destaca que vacina já protege a população acima de 70 anos
A vacinação no Vital Brazil- melhor proteção contra a variante Delta. Foto- Lívia Figueiredo
Fila da vacina na Policlínica Sérgio Arouca. Foto: Livia Figueiredo

A vacina é a melhor resposta contra a Covid. O último boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira (6) no Rio de Janeiro mostra que 95% dos internados com sintomas do novo coronavírus na cidade não tomaram sequer a primeira dose de um imunizante. De acordo com o Mapa da Covid da Secretaria estadual de Saúde, a taxa de ocupação dos hospitais da rede do SUS na capital aumentou nos últimos dias e chega a 80% dos leitos e 95% das UTIs.

— Avançamos muito na vacinação , mas temos uma situação que merece atenção: só 5% das pessoas que se internam tomaram pelo menos a primeira dose da vacina. Noventa e cinco por cento das pessoas internadas são pessoas que não se vacinaram — disse o Secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz. — As vacinas funcionam, elas têm efeito, mas ainda há muita internação dos que não se vacinaram por motivos diversos.

Estado analisa avanço da Covid

De acordo com o Cenário Epidemiológico da Covid no estado do Rio de Janeiro, atualizado até 19 de julho, pela Secretaria estadual de Saúde, a 1ª onda da doença, ainda no começo da pandemia, a partir de março, abril e maio do ano passado, apresentou menor registro de casos e maior proporção de óbitos, provavelmente em função da pequena oferta de testes de diagnóstico, priorizados para casos mais graves. Na Semana Epidemiológica 18 (26/04 a 02/05/2020) se atingiu pico da doença, com maior número de casos (18.867), internações (4.383) e óbitos (2.213)

Na 2ª onda, em novembro e dezembro de 2020, já havia maior oferta de exames e o número de casos foi maior, porém, houve redução de óbitos e internações, sugerindo uma menor gravidade em função da variante P2, que predominou no período. A SE 49 (29/11 a 05/12/2020) marcou o pico de notificações, com maior número de casos (32.748), internações (3.393) e óbitos (1.346).

A 3ª onda, já em março, abril e maio deste ano, teve predomínio da variante P1 e mostrou redução do número de casos em relação à 2ª onda, contudo, apresentou maior gravidade com crescimento de internações e óbitos. Na SE 11 (14/03 a 20/03/2021), o estado viveu o pico de notificações de casos (26.407), internações (4.528) e óbitos (1.824) – o período de maior número de mortes na pandemia.

O estudo analisa ainda o comportamento dos óbitos no estado, tanto nas proporções por faixa etária quanto nas taxas de mortalidade por 100 mil habitantes. Nota que a partir de março de 2021 acontece uma redução importante na proporção de pessoas com mais de 80 anos mortas pela Covid. E atribui o resultado ao fato desta população já estar com a imunização completa em abril, início da 3ª onda.

Segundo os dados registrados pelos municípios no estado do Rio, as faixas etárias acima de 70 anos estão com mais de 80% de cobertura da segunda dose ou dose única da vacina da Janssen.

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