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No Dia Mundial do Câncer, Inca lança campanha e defende tratamento igual para todos

Por Redação
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Brasil deve ter 625 mil novos casos este ano; saiba que medidas você pode adotar já para prevenir a doença
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O MAC rosa, em outubro passado, para marcar a luta contra o câncer de mama. Foto Divulgação/Berg Silva

Ainda em plena pandemia de Covid, o Brasil deve ter este ano mais   625 mil novos casos de câncer. Então é hora de prevenir e ampliar o acesso a tratamentos a todos os cidadãos. “Por cuidados mais justos” é o slogan em português da campanha da União Internacional contra o Câncer (UICC) que marca  hoje, 4 de fevereiro, o  Dia Mundial do Câncer.

A campanha vai vigorar no triênio 2022-2024. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) trabalha com o tema “Somos iguais e diferentes – a importância da equidade no controle do câncer”. Em Niterói, além da Prefeitura, também grandes redes hospitalares têm feito campanhas pela prevenção e pelo tratamento precoce, além de estimularem os pacientes a procurarem tratamento, mesmo na pandemia de Covid.

– Equidade é entender que para as populações que julgamos mais vulneráveis é preciso ter medidas a fim de facilitar o acesso e o tratamento. Todos somos iguais, mas é importante ter ações diferenciadas para dar a essas pessoas a mesma oportunidade que àquelas com mais acesso à comunicação, ao hospital, ao médico – disse o coordenador de Assistência do Inca, Gélcio Mendes.

O trabalho do instituto na campanha da UICC será baseado em três pilares: justiça, igualdade e equidade.

Segundo Mendes, o trabalho será dividido em etapas anuais. Este ano, a proposta é fazer uma análise da situação, avaliando o que existe no cenário brasileiro, seja em termos de comunicação sobre medidas de prevenção, acesso ao rastreio de câncer de mama e de colo do útero, seja em relação às dificuldades de acesso do paciente ao diagnóstico e tratamento.

Em 2023, a partir das informações obtida neste ano, a ideia é trabalhar com possíveis encaminhamentos – “o que poderá ser feito para melhorar ou diminuir as dificuldades de acesso das pessoas ao sistema de saúde”. No terceiro ano, será desenvolvida a parte mais executiva, disse o médico.

Prevenção

De acordo com o Inca, o Brasil deve registrar 625 mil novos casos de câncer este ano. Nova estimativa será divulgada em 2023, para o triênio até 2025.

Prevenção e diagnóstico precoce são as grandes oportunidades para evitar, pelo menos, chegar à gravidade da doença. Do lado da prevenção, as oportunidades são muitas, disse Mendes, lembrando da luta contra o tabagismo.

Alimentação saudável e atividade física são grandes ferramentas de prevenção do câncer, afirmou.

Seguem-se vacinação contra hepatite B e HPV, que trazem potencialmente redução do câncer de fígado e de colo do útero.

Há também o fortalecimento das políticas de rastreio do câncer, em especial o exame preventivo, ginecológico e a mamografia.

Não fumar e não beber devem nortear também o comportamento das pessoas, observou Mendes. Não começar a fumar e parar com o hábito de fumar têm grande impacto, admitiu.

Em relação às bebidas alcoólicas, disse que, se no passado a sugestão era “beba moderamente”, hoje a recomendação é outra, porque se entende que o consumo de bebidas alcoólicas está associado ao aumento do risco de desenvolver câncer como, por exemplo, da boca, do esôfago, do fígado.

“Não beber pode ter impacto muito grande na sociedade, nas próximas gerações”, disse o especialista.

Tipos de câncer

Entre os homens, os principais tipos de câncer são os de próstata, intestino (cólon e reto) e pulmão.

“É importante saber que o câncer do intestino grosso vem aumentando de forma impressionante na última década”. Entre as mulheres, prevalecem os de mama, de cólon e reto também. “São os tumores mais frequentes”. Existem variações grandes entre as regiões do país.

Entre as mulheres, no Norte e Nordeste, o câncer de colo do útero passa a ter importância muito maior do que no Sul e Sudeste. No Norte e Nordeste, entre homens e mulheres, o de estômago tem maior relevância. Gélcio Mendes explicou que, com relação ao de colo do útero, sobressai a questão de menos acesso a exames preventivos. “São tumores associados à dificuldade de acesso a exames e à pobreza”.

O câncer de estômago, por sua vez, está associado a condições piores de alimentação e maior consumo de carnes salgadas, como a de sol. Já no Sul e Sudeste, os de cólon e reto estão associados ao desenvolvimento. As pessoas passam a comer mais pão, mais carne, menos legumes, e realizam menos atividade física. “Tudo isso contribui para o aparecimento do câncer do intestino”.

(com Agência Brasil)

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