13 de junho

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Niterói usa abelhas sem ferrão para acelerar o reflorestamento da cidade

Por Redação
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Ckin cria espaço para a criação de abelhas, um meliponário, parai impulsionar a polinização e a biodiversidade
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Viveiro da Clin produz mais de 170 mil mudas de árvores por ano. Foto: Divulgação.

Niterói inaugura um espaço dedicado à criação de abelhas nativas sem ferrão na Companhia de Limpeza de Niterói (CLIN). A iniciativa, que marcou o encerramento da Semana do Meio Ambiente, visa fortalecer a polinização e a biodiversidade, com um impacto direto no reflorestamento da cidade e na produção de mais de 170 mil mudas anuais.

Muita gente tem medo de abelhas, mas as espécies sem ferrão são verdadeiras aliadas do meio ambiente. Elas desempenham um papel crucial na polinização e na regeneração de áreas verdes. Com essa premissa, a Prefeitura de Niterói, por meio da Clin, realizou uma oficina no viveiro da empresa, destacando a importância dessas espécies nativas na preservação ambiental e apresentando o novo meliponário.

O engenheiro florestal Luiz Vicente explicou que a Clin recebeu 21 espécies de abelhas sem ferrão, doadas pelo meliponicultor Marcelo Campos, que também ministrou a “Oficina das Abelhas Indígenas”. A palestra abordou temas como legislação, tipos de abelhas, como obter o primeiro enxame, tipos de caixas racionais, mel e derivados. A presidente da Ame-Rio (Associação de Meliponicultores do Rio de Janeiro), Celicina Ferreira, também participou.

Meliponário: apoio ao plantio

O novo meliponário funcionará como um reforço natural para a polinização das milhares de mudas produzidas no viveiro da Clin. Meliponários são locais dedicados à criação de colônias de abelhas nativas sem ferrão, importantes tanto para a polinização quanto para a produção de mel.

Segundo Luiz Vicente, além de apoiar o plantio, essas abelhas contribuem como bioindicadores, auxiliando na avaliação da qualidade ambiental e indicando alterações nos ecossistemas. “Estes insetos desempenham um papel vital na manutenção da biodiversidade e na polinização de plantas, tanto nativas como cultivadas. Além disso, são fundamentais na natureza por produzirem mel e outros produtos como cera, pólen e própolis”, detalhou Vicente.

Algumas dessas espécies estão sendo reintroduzidas na natureza devido à falta de árvores grandes o suficiente para seus ninhos e à ação da extração humana. A Divisão de Educação Ambiental da Clin (DIEA) coordena a restauração florestal do Parque da Água Escondida, com o objetivo de revitalizar ecologicamente as áreas de encostas dos bairros de São Lourenço, Cubango e Bairro de Fátima.

Novas espécies nativas vão apoiar o viveiro municipal, que produz mais de 170 mil mudas por ano – Foto: Divulgação.

Viveiro da CLIN

O viveiro da Clin é um polo de produção de vida, com mais de 170 mil mudas e aproximadamente 305 espécies da Mata Atlântica. Ele coleciona exemplares como pau-brasil, babosa branca, aroeira, angico-vermelho, figueira da pedra, além de mudas de ipê-branco e roxo, açaí, jabuticaba, pitanga, entre outras frutíferas. Há também um projeto-piloto de plantas medicinais, aromáticas e condimentares, como capim-limão, erva-cidreira e boldo, usadas no preparo de fitoterápicos.

As mudas são cuidadas em um berçário até os três meses de idade. Quando atingem cerca de 20 centímetros, são transferidas para outro local para pegar sol e se prepararem para o plantio em áreas de reflorestamento na cidade, como o Morro da Boa Vista. O viveiro é aberto à visitação, permitindo que os niteroienses conheçam de perto as técnicas de cultivo e a produção das mudas utilizadas em diversas áreas de Niterói.

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