Uma cidade de maioria católica, mas que não chega a metade da população, como acontece na média nacional, com presença crescente de evangélicos, mas que abriga outras religiões, como espíritas, umbandistas e outras, muito acima do que ocorre nas demais cidades brasileiras. E que apresenta um dado surpreendente: 16,96% declaram não ter religião. Os dados foram apurado no Censo de 2022 e revelados pelo IBGE nesta sexta-feira (6).

Niterói e a religião

O Censo do IBGE mostra que a população de Niterói tem um perfil de religião muito próprio, diferente da média nacional. Enquanto, na média nacional, 56,7% dos brasileiros são católicos, Niterói tem 44,94% de seguidores desta religião, um índice mais baixo do que o do Norte do país, que registrou a mais baixa taxa da religião.

Mas, enquanto na média nacional o Brasil registrou a maior taxa de evangélicos da história, com 26,9%, Niterói  tem 22,16%, uma taxa menor do que a do Nordeste, que tem a menor penetração da religião no país.

Os sem religião

A diferença em relação ao quadro nacional pode ser explicada pela devoção a outras religiões: como Espírita (5,95%), Umbanda e Candomblé, 3,06%). Mas, sobretudo, ao percentual de pessoas que se declararam sem religião: 16,96% dos moradores.

Este número aumentou em todo o Brasil. Na média, 9,3% da população declarou não ter religião – contra 7,9 do Censo anterior. Mas o índice de Niterói é 7,6 pontos percentuais maior.

Brasil mais evangélicos

A pesquisa nacional mostrou um Brasil ainda de maioria católica, com 56,7% da população declarando esta religião, mas um número 8,3 pontos percentuais menor do que o registrado no Censo de 2010. A consulta domiciliar mostrou ainda o avanço dos evangélicos, que chegaram ao maior percentual da história, 26,9% – um crescimento de 5,2 pontos percentuais.

As religiosidade, no entanto, variam a cada região. O Nordeste têm o maior percentual de católicos, 63,9%, contra 22,5% de evangélicos – embora seja a região que registrou maior aumento deste grupo, 6,1 pontos percentuais.  Já o Norte tem a maior proporção de evangélicos, 36,8%, contra 50,5% de católicos.