Niterói segue em estágio de atenção devido a previsão de mais chuva

A Prefeitura de Niterói permanece em estágio de atenção devido às fortes chuvas que atingem a cidade desde a tarde desta segunda-feira. Em nota, o Município informou que há previsão de mais tempestades para esta terça (14) por conta de um “aquecimento diurno e a alta disponibilidade de umidade na atmosfera”.

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A Secretaria de Defesa Civil informou que, entre os impactos provocados pela possível chuva, estão os alagamentos, quedas de árvores, deslizamentos isolados e transbordo de rios. E repassou orientações à população:

• As pessoas que estiverem em locais seguros devem permanecer nestes locais até o aviso de chuva intensa cessar;
• Evite transitar em áreas alagadas e próximas a córregos, canais e rios sujeitos a transbordamento;
• Em casos de ventos fortes e/ou chuvas com descargas atmosféricas, evite ficar próximo a árvores, redes de distribuição de energia elétrica, toldos, tapumes ou em áreas descampadas.

As recomendações se fazem necessárias devido aos problemas notificados pela cidade após a chuva desta segunda. Na RJ-104, na altura da subida da Caixa D’água, há ao menos três pontos de deslizamentos de terra. Ao longo da via, outros pontos também chamam atenção dos motoristas, como na altura do viaduto do bairro de Maria Paula.

A Defesa Civil informou que, em cerca de uma hora, choveu cerca de 51,6 mm no Bonfim (Fonseca), 46,6 mm em Tenente Jardim e 33,8 mm no Barreto. As sirenes do Bonfim e Tenente Jardim foram acionadas, mas ninguém ficou ferido.

Segundo os dados levantados pelo Instituto Nacional de Meteorologia, Niterói foi a terceira cidade do país onde mais choveu nas últimas 24 horas. Os municípios de Marília (SP) e Sete Quedas (MS) concentraram os maiores índices, com 66 mm e 54,4 mm, respectivamente. Niterói em seguida, registrou 44,6 mm.

Tragédia em São Gonçalo

O temporal que também assolou o município de São Gonçalo, na noite de segunda-feira (13), provocou uma morte até o momento. A vítima, identificada como Roseli de Castro, de 52 anos, morreu soterrada no bairro Engenho Pequeno. Ela estava em casa com o filho quando o imóvel desabou. O filho conseguiu sair dos escombros, mas a mãe não resistiu.

Na mesma região, uma família de três pessoas permanece desaparecida em meio aos escombros. Por volta das 13h desta terça, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil ainda tentavam resgatar essa família soterrada, um casal e uma criança de 4 anos. A operação também conta com cães farejadores e drones.

Ainda no bairro, outra casa também desabou, mas as duas mulheres que lá viviam conseguiram sair com vida. A cidade, que é a segunda mais populosa do Estado, com mais de 1 milhão de habitantes, já registrou nove deslizamentos de terra e mais de 30 casos de inundações e alagamentos.

No bairro do Gradim, a situação foi pior que a da semana passada. Moradores relataram que a água batia na cintura no meio das ruas, e entrou dentro de casa. O pronto-socorro do bairro Zé Garoto também foi tomado pelas águas. Imagens divulgadas por moradores nas redes sociais mostram a unidade de saúde alagada, com água entrando por todos os lados.

Sirenes de emergência foram acionadas nos bairros Pontal, Gradim, Patronato, Boa Vista, Porto Novo, Tenente Jardim, Arsenal, Engenho Pequeno, Zumbi, Nova Grécia, Itaúna e Novo México. Segundo a Prefeitura, equipes seguem em uma força-tarefa nas ruas desde a madrugada. Ao todo, 47 pontos de apoio estão abertos para auxílio às vítimas.