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Niterói prestes a entrar em alerta laranja ou até vermelho para Dengue

Por Sônia Apolinário
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O prognóstico é da plataforma Infodengue. O município se encontra em alerta amarelo, o segundo estágio. Vermelho é o quarto e último estágio
exame de sangue
Testes que detectam a Dengue são feitos a partir de coleta de sangue. Foto: Fábio Rodrigues/Agência Brasil

Em Niterói, há chances de 100% do município entrar em alerta laranja ou vermelho para a Dengue, na próxima semana. Quem informa é a plataforma Infodengue (Fundação Oswaldo Cruz, RJ, e Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getúlio Vargas).

Infodengue sobre Niterói. Foto: reprodução

No início do ano, quando o Rio de Janeiro já estava em alerta vermelho (o quarto estágio e o mais grave), Niterói estava em alerta amarelo, o segundo estágio. O alerta laranja é o terceiro estágio que indica a gravidade da doença em um determinado local.

Leia mais: Niterói já registra mortes por Covid mas faltam testes na rede de municipal de Saúde

De acordo com a plataforma, a situação da Dengue no município, até o dia 2 de março era a seguinte: 655 casos estimados, com possibilidade de ter entre 165 e 2412 novos casos. Oficialmente, há 18 notificações para a doença. Nas últimas 12 semanas, a cidade pulou de 1 para 655 casos. Os aumentos significativos começaram há 3 semanas,  quando foram registrados 239 casos.  A incidência da doença está em 1.25,1 por 100 mil habitantes.

No mesmo período, na cidade do Rio de Janeiro, a plataforma indica 16.682 casos estimados para Dengue, com 4.521 notificações oficiais da doença. A incidência da Dengue na cidade do Rio estava em 2.51,8 por 100 mil habitantes.

A Prefeitura de Niterói participou, no dia 2 de março, da mobilização nacional do Dia D de combate à Dengue com uma ação na comunidade do Viradouro. Ao todo foram 458 casas visitadas e 23 telas colocadas em caixa d’água.

Prefeitura de Niterói participa do Dia D Nacional de Combate à Dengue. Foto: Prefeitura de Niterói

Em resposta ao A Seguir, a Secretaria Municipal de Saúde de Niterói afirmou que “diante de uma epidemia de Dengue no Estado do Rio de Janeiro e a grande circulação de pessoas entre os municípios é esperado que haja um aumento de casos da doença em Niterói”.

Segue a íntegra da nota da secretaria municipal de Saúde:

“A Dengue é uma doença causada pelo DENV (vírus da Dengue), que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, e o aumento de casos da arbovirose está relacionado a diversos fatores, como: calor excessivo, chuvas intensas, pessoas suscetíveis aos sorotipos do vírus, entre outros.

Assim que observado o aumento do número de casos da doença no Estado, o município intensificou suas ações de prevenção e combate à Dengue, elaborou um Plano de Contingência e está alerta às notificações e investigações de novos casos. A prefeitura também criou o Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento das Ações Integradas de Prevenção à Dengue, o que permitiu ampliar as ações contra a dengue de forma intersetorial. Dentro das estratégias do Comitê está a realização de mutirões envolvendo as secretarias de Saúde, de Conservação e Serviços Públicos, as Regionais, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana de Niterói (Clin) e a Defesa Civil.

A secretaria alerta para a importância da participação da população evitando focos do mosquito em suas residências, realizando ações como: tirar a água dos pratos de plantas, colocar garrafas vazias de cabeça para baixo, tampar tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água limpa.

No período de 01 de janeiro a 06 de março, Niterói apresentou 542 casos prováveis de dengue em residentes. A taxa de incidência é de 112,5 casos por 100 mil habitantes.”

Dez vezes mais

Nesta terça-feira (12), a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) informou que o Rio de Janeiro segue com tendência de alta no número de casos prováveis da doença. O Panorama da Dengue, da secretaria, indicou que o estado está dez vezes acima do limite máximo esperado para esta época do ano, de acordo com a série histórica. A situação permanece no mesmo patamar por mais de três semanas seguidas e já representa emergência em saúde pública.

De acordo com o painel que monitora casos no estado, são 117.162 registros prováveis até 11 de março. Desses, 3.313 precisaram de internação. Foram confirmadas 31 mortes por Dengue.

Entre as áreas fluminenses que são maior preocupação pela alta incidência estão a Região Metropolitana, a Baixada Litorânea, a Baía de Ilha Grande e o centro sul do estado.

De acordo com a SES-RJ, a região do Médio Paraíba (Barra do Piraí, Barra Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Resende, Rio Claro, Rio das Flores, Valença e Volta Redonda,), primeira a apresentar piora da situação epidemiológica, já apresenta redução do número de casos. A avaliação leva em consideração os dados registrados entre 04 e 24 de fevereiro, que correspondem às semanas epidemiológicas (SE) e 6 a 8.

Recomendações

A Secretaria Estadual de Saúde reforça que 80% dos criadouros Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, estão dentro de lares e quintais. Daí, a importância de evitar focos de água parada.

Outra recomendação é não se automedicar e procurar atendimento de saúde em casos de sintomas. Os principais são febre alta, dor de cabeça, atrás dos olhos, no corpo e nas articulações, prostração, mal-estar e manchas vermelhas pelo corpo.

Os testes que detectam a Dengue são feitos a partir de coleta de sangue e não é necessário nenhum preparo. O tipo de exame será indicado pelo médico dependendo do estágio dos sintomas de cada paciente.

Para evitar a proliferação do mosquito transmissor é importante evitar a formação de criadouros, como manter caixa d’água bem vedada, colocar areia em vasos de plantas, não permitir que garrafas velhas e pneus acumulem água da chuva e limpar bem calhas de casas.

A proteção individual pode ser feita com a aplicação de repelentes, uso de calças e camisas com mangas compridas, e manter telas de proteção em janelas e portas.

Em todo o país, 2024 apresenta 1,5 milhão de casos prováveis e 391 mortes confirmadas.

 

Com Agência Brasil

 

 

 

 

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