Niterói por niterói

Pesquisar
Close this search box.
Publicado

Niterói na torcida: ‘A estrela delas vai brilhar’, diz a velejadora Isabel Swan

COMPARTILHE

Velejadora criada em Niterói, campeã na classe 470 de vela, diz que a dupla Martine e Kahena tem ‘performance consistente’ e de muita superação
Isabel Swan, campeã na classe 470 de vela, e a campeã olímpica, Martine Grael : Foto- Arquivo pessoal
Isabel Swan, campeã na classe 470 de vela, e a campeã olímpica, Martine Grael / Foto: Arquivo pessoal

Após o adiamento da decisiva e esperada medal race, regata que define o pódio olímpico pela classe 49er FX de vela devido às condições climáticas desfavoráveis, a expectativa do resultado se torna automaticamente maior. Com chances reais do bi olímpico, a representante de Niterói, Martine Grael e sua dupla, Kahena Kunze esperam ter ‘bons ventos’ na madrugada desta terça-feira (3), quando ocorrerá, às 00h30, no horário de Brasília, a regata das medalhas. A velejadora campeã na classe 470 de vela e a primeira mulher a conquistar uma medalha da vela brasileira em Pequim, Isabel Swan, filha de Robert Swan, avalia o desempenho da dupla nos jogos de Tóquio como “consistente e de muita superação”.

– Martine e Kahena estão fazendo um campeonato incrível, de muita superação. Seja porque elas tiveram que pagar penalidade, seja porque o equipamento delas foi preso na borda do barco. Mas elas mostraram uma consistência incrível até aqui. A gente vê um nível bem equilibrado das quatro primeiras regatas. Acho que vai ser uma medal race de muito desafio, mas tenho certeza que a estrela delas vai brilhar e vai dar tudo certo porque elas fazem por merecer. Treinam muito. Elas tiveram uma temporada de treinos em Portugal e estão preparadas para essa Olimpíada – destacou.

Isabel conta que faz parte de um grupo de velejadoras, o Pena Sailing Team, e que nesta terça, às 00h30, horário de Brasília, estará sintonizada nas transmissões da regata para assistir a final com suas colegas. O encontro, no entanto, será on-line, devido ao horário um pouco ingrato do fuso, e também por conta da pandemia da Covid. “Já combinamos um encontro hoje pela internet. Vamos torcer todas juntas pelas meninas nesta madrugada!”, ressaltou.

Em 2012, Isabel velejou com Martine e firmou ali uma parceria. Ela conta que a campanha foi muito positiva. Na época, Martine fazia parte da classe juvenil da vela, a 420, e começaria, então, um programa profissional com a iatista, que vinha de uma medalha nos jogos olímpicos de Pequim, em 2008. As conquistas da dupla renderam participações em campeonatos mundiais, que estão entre os top 10 do mundo.

– Foi uma campanha lindíssima. Abrimos a vaga do Brasil. Infelizmente, não tivemos apoio, mas tenho certeza que Martine aprendeu bastante porque na campanha seguinte ela acabou trazendo o ouro na classe 49er FX, ao lado de Kahena Kunze. O esporte é assim. É feito de derrotas e vitórias e acredito que a gente aprende muito se souber ressignificar tudo que acontece – concluiu.

Relembre a trajetória da dupla nas Olimpíadas de Tóquio

O primeiro dia de regatas da dupla Martine Grael e Kahena Kunze foi de ótimo desempenho. Apesar da dupla ter terminando em 15º na primeira disputa, conseguiu recuperar nas duas seguintes, encerrando o dia na 3ª colocação geral. No segundo dia de regatas, a dupla terminou na quinta colocação no geral, após três provas. Nas disputas, Martine Grael e Kahena Kunze tiveram como resultados um décimo, um sétimo e um sexto lugar, respectivamente.

Já o terceiro dia de regatas foi de fortes emoções. Atual campeã olímpica, a dupla Martine Grael e Kahena Kunze, brilhou na primeira regata do dia da classe 49er FX. A dupla liderou desde o início e marcou a sua segunda vitória em Tóquio. As duas outras regatas do dia, porém, foram mais duras. Martine e Kahena largaram mal em ambas. Na segunda, conseguiram se recuperar e fechar em sexto lugar. Na terceira regata ficaram em 11º.

A dupla competiu as três últimas regatas, antes da medal race, da modalidade 49erFX de vela, e garantiu a sua classificação para a final. Mesmo com o mau tempo, Martine e Kahena mostraram a que veio e avançou para a medal race com a mesma pontuação da dupla primeira colocada, mas em segundo na classificação geral no critério de desempate. Nas 10ª e 11ª regatas, Grael e Kunze se mantiveram em segunda posição, acumulando respectivamente 58 e 60 pontos. A dupla finalizou o dia, após a 12ª regata com 70 pontos perdidos.

Uma das favoritas, a dupla chega à medal race com alta expectativa. Na regata da medalha, a nota de peso é dobrada. Se vencerem, pode ser a terceira medalha de ouro do Brasil em Tóquio.

COMPARTILHE