COMPARTILHE
O 1º festival de choro de Niterói começa nesta segunda (17), com uma série de programação até domingo, dia 23 de abril. Todas as atrações são gratuitas. Embora as atividades comecem nesta segunda, com oficinas de diversos instrumentos, o circuito dos shows começa na quarta (19), às 20h, com a apresentação da roda de samba Família Souza, na Sala Nelson Pereira dos Santos, em São Domingos. O encerramento será em grande estilo no domingo (23), Dia Nacional do Choro. Cerca de 200 músicos estarão reunidos para celebrar a data.
Sobre a Família Souza
Formado por Ronaldo do Bandolim, Rogério Souza (violão) e Tiago Souza (viola e bandolim). Os três músicos carregam no DNA a tradição do chorinho de Niterói e a família, que atua nesse gênero musical há três gerações, se apresenta pela cidade desde a década de 1970.
O grupo ficou famoso por agitar a vida noturna da cidade. Nos anos 1990, os encontros que a Família Souza promovia no antigo bar Orquídea se tornaram referência e contaram com a participação de convidados como Luiz Carlos da Vila, Beth Carvalho, entre outros. Esse movimento musical se transformou no CD “Orquídea”, que foi lançado em 1999 pelos irmãos Ronaldo e Rogério em companhia de Silvério Pontes e Marcio Hulk pela Niterói Discos, selo da FAN.
Roda de Choro
A programação do festival termina com uma Roda de Choro, em plena Avenida Amaral Peixoto, no Centro, no domingo, dia 23 de abril, a partir das 13h. O grupo será formado por integrantes da Orquestra Sinfônica Ambulante, da Escola Portátil do Instituto Casa do Choro, da Orquestra da Grota, do Programa Aprendiz Musical e alunos que participaram das oficinas do próprio Festival.
O encerramento do dia será com uma apresentação da Sinfônica Ambulante, a partir das 15h.
Baixada Jazz Big Band – Dia 20 de abril, às 20h, no Theatro Municipal de Niterói. O grupo fará um show em tributo a Severino Araújo. A apresentação vai contar com a participação especial de Alaíde Costa, Watson Cardozo, Marcos Sacramento, Lê Santana e Ana Costa.
Choro na Rua – Dia 21, às 20h, no Teatro Popular Oscar Niemeyer. O tradicional grupo de Niterói terá como convidados Marcos Flávio, Everson Moraes e Joyce Moreno. O show prestará uma homenagem a Zé da Velha.
Sexteto do Nunca – Dia 22, às 20h, na Sala Nelson Pereira dos Santos. Grupo participa do festival com o show “Pixinguinha Inédito”. O espetáculo conta com a participação especial de Marcelo Viana e Paulinho Moska, que apresentarão 50 canções inéditas de Pixinguinha.
Quem disse que os pequenos ficariam de fora da programação do festival? Sábado, dia 22 de abril, o Theatro Municipal de Niterói apresenta “O Choro de Pixinguinha”, espetáculo infantil que conta com personagens como Chiquinha Gonzaga, Nelson Cavaquinho e Pixinguinha. A partir das 15h, as crianças de Niterói vão poder se encantar com um dos ritmos mais tradicionais do Brasil.
Em 4 de setembro de 2000, foi sancionada lei que criou o Dia Nacional do Choro, a ser comemorado no dia 23 de abril, em homenagem ao nascimento de Pixinguinha (1897-1973) cuja obra mais conhecida é “Carinhoso”.
O choro, ou chorinho, é um gênero da música popular brasileira surgido no Rio de Janeiro, na segunda metade do século XIX. Inicialmente, o choro aparece não como gênero musical, mas como “forma de tocar”, por volta de 1870. Sua origem, portanto, está no estilo de interpretação que os músicos populares do Rio de Janeiro imprimiam à execução das danças de salão europeias, principalmente as polcas, a dança mais popular no Brasil desde 1844.
O carioca Pixinguinha é considerado o músico que consolidou o choro como gênero musical.
COMPARTILHE