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‘Niterói ensina a olhar pra fora e entender os sinais da natureza’, diz Martine Grael

Por Livia Figueiredo
| aseguirniteroi@gmail.com

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Bicampeã olímpica na vela em Tóquio ao lado de Kahena Kunze, Martine conversou com o “A Seguir: Niterói”
Martine Grael e Kahena Kunze com as medalhas de ouro. Foto- Livia Figueiredo
Martine Grael e Kahena Kunze com as medalhas de ouro. Foto: Livia Figueiredo

Foi das águas de Niterói que Martine Grael tirou as lições que pavimentaram o caminho ao pódio olímpico. Duas vezes. Nascida na cidade, numa família com forte tradição na vela, a atleta cresceu velejando por essas bandas da Baía de Guanabara. De volta “ao lar” depois do ouro em Tóquio, ela compartilhou com o “A Seguir: Niterói” um pouco do que aprendeu por aqui.

— Niterói ensina a ser esperto, a ser rápido, a olhar pra fora e entender os sinais da natureza. Aqui a gente tem uma variação muito grande de vento, de tudo. Se não está “assim”, não vai conseguir pegar as rondadas [de vento] — disse Martine, durante a recepção dela e de Kahena Kunze, sua dupla na classe 49er FX da vela, no Rio Yatch Club, em São Francisco.

Vídeo: Livia Figueiredo

Não é a primeira vez que Martine comenta sobre a importância da cidade no desenvolvimento de suas habilidades na vela. Ainda em Tóquio, após a vitória, a atleta foi questionada sobre uma manobra ousada na medal race da classe 49er FX, que garantiu a ela e a Kahena a medalha de ouro. Na ocasião, a dupla fez uma curva inversa às oponentes, o que as deixou em situação confortável na regata.

— Eu dei uma olhada no píer, onde estavam torcendo, antes de a gente descer com o barco, e vi uma diferença de corrente bem grande. Eu sou do Rio, de Niterói, conheço bem a Baía de Guanabara, e sabemos que a diferença de corrente favorece um lado ou outro — disse Martine em entrevista à Folha de S. Paulo.

Relembre a trajetória de Martine e Kahena em Tóquio

O bicampeonato em Tóquio foi conquistado na madrugada da última terça-feira (2), depois de um adiamento por falta de vento na baía de Enoshima. A dupla ficou em terceiro na medal race (regata das medalhas), alcançando o primeiro lugar na classificação geral, com apenas 76 pontos perdidos, sete a menos que a dupla alemã, que levou a medalha de prata.

Martine e Kahena já haviam conquistado o primeiro ouro na Rio 2016. Também têm duas pratas nos Mundiais de 2017 e 2019 e conquistaram um quarto lugar em 2018. A dupla venceu, inclusive, o evento teste de Tóquio, em 2020. Com essa conquista, Martine iguala o pai, Torben Grael, com o 2º ouro e marca a história da vela com o primeiro bicampeonato seguido.

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