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Niterói e Fiocruz querem expandir projeto de controle do Aedes aegypti

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Intenção é levar o chamado Método Wolbachia para Pendotiba depois de resultados positivos em 33 bairros da cidade
Apresentação dos resultados do Método Wolbachia. Foto- Prefeitura de Niterói
Apresentação dos resultados do Método Wolbachia. Foto: Prefeitura de Niterói

A Prefeitura de Niterói e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) pretendem expandir um projeto de combate aos vírus transmitidos pelo Aedes aegypti que se mostrou eficaz a partir de uma experiência iniciada em Jurujuba. Trata-se do chamado Método Wolbachia, que agora pode ser levado à região de Pendotiba. Dados apontam redução de cerca de 70% dos casos de dengue, 60% de chikungunya e 40% de Zika nas áreas onde o método foi aplicado na cidade.

Na manhã desta quinta (26), o Prefeito de Niterói, Axel Grael, se reuniu com o líder do Método Wolbachia no país, o pesquisador da Fiocruz Luciano Moreira; o coordenador de relações interinstitucionais da Fiocruz, Valcler Rangel, e outras autoridades em saúde para apresentação dos dados do município. Na ocasião, também foi assinada uma carta de intenção entre a Prefeitura, a Fiocruz e o World Mosquito Program (WMP) Brasil para que a metodologia seja aplicada em todo o município. Para a nova fase, será feito um investimento de R$ 2,8 milhões.

— Queremos ser o primeiro município do país a ter 100% do território protegido. Niterói sempre foi um exemplo no combate à dengue no país e, por isso, hoje assinamos essa carta de intenções junto ao WMP Brasil e a Fiocruz para que a gente possa captar os recursos e terminar todo o município. Hoje constatamos o principal resultado do projeto, que são as baixíssimas ocorrências das doenças relacionadas ao Aedes aegypti — pontuou o Prefeito de Niterói, Axel Grael.

A Wolbachia é um microrganismo intracelular presente em 60% dos insetos da natureza, mas que não estava presente no Aedes aegypti. Quando presente nestes mosquitos, ela impede que os vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam dentro do mosquito, contribuindo para redução destas doenças.

O Método Wolbachia consiste na liberação de Aedes aegypti com Wolbachia, um microeganismo que impede o desenvolvimento de vírus no corpo do mosquito, para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais e seja estabelecida uma nova população, todos com Wolbachia. Não há modificação genética neste processo. Com o tempo, a porcentagem de mosquitos que carregam a Wolbachia aumenta, até que permaneça alta sem a necessidade de novas liberações, como é o caso das áreas de intervenção em Niterói.

Em Niterói, a implementação do Método Wolbachia começou por Jurujuba, em 2014. Até o momento, foram contemplados 33 bairros, alcançando 373 mil habitantes. Esta área corresponde a cerca de 75% do município. Nesta área, os mosquitos com Wolbachia estão estabelecidos, não havendo mais previsão de novas liberações.

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