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Niterói debaixo d’água: alagamentos, árvores caídas, falta de luz

Por redação
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Clientes do Plaza Shopping ficaram ilhados com as chuvas no Centro.
Niterói debaixo d'água: alagamentos, árvores caídas, falta de luz
Vital Brazil ficou alagado. Foto: leitor

O temporal assustou e fez estragos na noite de sábado em Niterói, e neste domingo (10) as marcas da chuva ainda são visíveis. Ruas alagadas, árvores caídas, falta de luz e muito sufoco para quem estava nas ruas. Quem estava no Plaza Shopping ficou ilhado com o alagamento das ruas do Centro.

A cidade segue em estágio de atenção. Há previsão de pancadas de chuva, raios e rajadas de vento para as próximas horas. Para o período da tarde e noite, permanece a previsão de chuva fraca a moderada, além de ventos fortes.

Acumulados de chuva

De acordo com a Prefeitura, em 1 hora os maiores acumulados de chuva foram registrados nos seguintes locais:

  • Morro do Estado (48,4 mm)
  • Morro da Penha (46 mm)
  • Pé Pequeno (45,6 mm)
  • Piratininga (43,6 mm)
  • Jurujuba (43,4 mm)

A estação meteorológica do Barreto registrou rajadas de ventos de 40km/h. Até o momento, não foram acionadas sirenes e nem há registro de vítimas.

Foram notificadas quedas de cinco árvores e pontos de alagamento na cidade.

Um “rio” se formou na frente do shopping. Foto: reprodução

Consequências da chuva

No MAC, a programação do ID:Rio teve que ser suspensa. O Hospital São Lucas ficou sem luz por mais de uma hora. No Ingá, árvores caíram no meio da rua. Em alguns locais do bairro, motoristas tiveram que trafegar na contra mão. Para evitar acidentes, moradores assumiram a função de guardas de trânsito.

Uma das árvores caídas no Ingá. Foto: Reprodução

Em Icaraí, Santa Rosa e outros bairros da cidade faltou luz por mais de quatro horas. Neste domingo, ainda há sinais dos danos da chuva, com árvores caídas na cidade.  Até a publicação desta nota, nem a Prefeitura nem a Enel apresentaram um balanço da situação.

Como ficou um trecho da rua Leandro Mota, no Jardim Icaraí. Foto: leitor

Poste em chamas

Quem mora em Niterói já sabe como será o enredo da história, mal começa uma chuva – principalmente, se tiver vento minimamente forte junto: as luzes dos apartamentos vão começar a piscar, transformadores, na rua, vão explodir e as luzes dos apartamentos vão desaparecer.

Neste sábado (9) o enredo vivido por moradores das ruas Miguel Couto nas proximidades com a Geraldo Martins, no Jardim Icaraí foi quase o mesmo, mas conseguiu ser ainda pior.

Cerca de uma hora após o começo o temporal, ou seja, por volta das 21h, após o pisca-pisca de luzes, um poste próximo à esquina das duas ruas começou a pegar fogo. O poste, com aquele típico emaranhado de fios, fica perto de uma frondosa árvore cujos galhos se chacoalhavam em direção à labareda, empurrados pelos ventos.

Uma moradora acionou o 193, o número para chamar os serviços de emergência do Corpo de Bombeiros, no Brasil. Como a ligação não completava, ela tentou o 190, número pelo qual se pede auxílio para a Polícia Militar do Rio de Janeiro. Foi prontamente atendida e a ligação transferida para os Bombeiros. Estes, perguntaram para a moradora se o caso era muito grave porque, naquele momento, os bombeiros estavam atendendo chamadas graves por toda Niterói.

Para a moradora, sim, era muito grave. Mas entendendo o contexto da pergunta, ela preferiu descrever o pouco que conseguia ver da janela para que o próprio bombeiro avaliasse o grau de gravidade de um poste pegando fogo perto de galhos de árvore em frente a vários prédios de apartamentos.

Ele falou “OK” por duas vezes durante o relato e encerrou a chamada, sem dizer mais nada. Cerca de uma hora e meia depois, a moradora recebeu um telefonema no seu celular. Do outro lado da linha, a pessoa se identificou como sendo do Corpo de Bombeiros. Queria saber se o poste ainda estava em chamas e se a situação era grave.

Nesse meio tempo, as luzes dos apartamentos piscaram muito fortes. Foi quando as chamas ficaram mais altas e começaram a “caminhar” pelos fios. Com a explosão do transformador perto dali, as chamas diminuíram, mas havia pequenos focos de incêndio em canteiros e objetos na rua. A moradora relatou isso e ouviu o que tanto desejava: “estamos mandando uma unidade para o local”.

Para alívio da moradora, chegaram em cerca de dez minutos. Ficaram no local por meia hora, Quando saíram, eram 3 h da madrugada. Estava clareando quando chegaram equipes de empresas de Internet – que estão lá até agora (14h30). A moradora, que saiu do apartamento pela manhã para carregar celular em casa de parentes, nas proximidades, que tiveram a sorte de não ficarem tanto tempo sem luz, ouviu relatos de vizinhos que um carro da Enel passou no local por volta das 4h da madrugada, nada fez e foi embora. Voltou às 14h40. A luz da moradora voltou às 16h32 do domingo.

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