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Niterói aparece entre as cidades mais violentas do estado do Rio em 2023

Por Redação
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Cidade registrou 38 tiroteios, 24 feridos e 17 mortos – mais do que Nova Iguaçu, Nilópolis e outras cidades da Baixada
Tiroteios em Niterói aumentam 53% em outubro na comparação com o mês anterior
Polícia nas ruas e tiros. Instituto Fogo Cruzado mostra os municípios mais perigosos. Foto: arquivo

Foram 100 dias de muitos tiroteios na Região Metropolitana do Rio, neste início de 2023: 1.014, segundo o relatório “Tiros certeiros”, produzido pelo Instituto Fogo Cruzado. Em média, houve 10 trocas de tiros por dia neste período. A lista é encabeçada pelo Rio de Janeiro, Duque de Caxias e São Gonçalo. Mas Niterói não ficou de fora do mapa da violência. Com 17 mortos e 24 feridos, mais do que Nova Iguaçu, Nilópolis e demais municípios da Baixada.

Ao todo, 634 pessoas foram baleadas: 313 morreram e 321 ficaram feridas. Houve em média seis baleados por dia nos primeiros 100 dias do ano. Entre os 1.014 tiroteios mapeados, 393 deles (39%) ocorreram durante ações e operações policiais. Nelas, 391 pessoas foram baleadas (62%).

Niterói no mapa da violência 

Entre os municípios que compõem a Região Metropolitana, o Rio foi o mais afetado pelos tiroteios, concentrando 69% das ocorrências, 52% dos mortos e 53,5% dos feridos. As cinco cidades mais afetadas foram:

  • Rio de Janeiro: 698 tiroteios, 164 mortos e 172 feridos

  • Duque de Caxias: 65 tiroteios, 19 mortos e 23 feridos

  • São Gonçalo: 47 tiroteios, 36 mortos e 25 feridos

  • Niterói: 38 tiroteios, 17 mortos e 24 feridos

  • Nova Iguaçu: 35 tiroteios, 16 mortos e 14 feridos

As vítimas da violência armada

As maiores vítimas da violência no estado do Rio foram os homens. Entre os 634 baleados nos primeiros 100 dias do ano, 580 (91%) eram homens, 43 (7%) eram mulheres e 11 (2%) não tiveram o gênero informado.

Considerando a faixa etária das vítimas, os adultos foram a maioria das vítimas, representando 94% (595) do total. Outras 11 vítimas eram crianças, 16 eram adolescentes e 11 eram idosos.

Houve 20 chacinas na Região Metropolitana do Rio nos primeiros 100 dias do ano, resultando na morte de 75 civis. 13 destas chacinas ocorreram durante ações e operações policiais, resultando na morte de 53 civis.

O relatório indica um aumento preocupante no número de vítimas de balas perdidas. Entre os dias 1º de janeiro e 10 de abril deste ano, 52 pessoas foram vítimas de balas perdidas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Isso representa um crescimento de 79% em relação ao mesmo período em 2022 (29).

Motivos

De acordo com o Instituto Fogo Cruzado, foi possível identificar a motivação de 601 tiroteios (59%). Os principais motivos foram: Ação/Operação policial (393); Homicídio/Tentativa de homicídio (105); Roubo/Tentativa de roubo (74); Disputa entre grupos armados (56); e Tiros a esmo (17).

Do total, 39 agentes de segurança foram baleados no Grande Rio nos primeiros 100 dias: 15 foram atingidos em serviço, 18 atingidos fora de serviço/folga, três eram aposentados/exonerados do cargo e três não tiveram o status de serviço informado.

Locais mais afetados

Nos primeiros 100 dias do ano, 45 pessoas foram baleadas quando estavam dentro de bares/em eventos públicos. Outras 19 foram baleadas dentro de casa, três vítimas foram baleadas dentro de transporte público e duas vítimas foram atingidas dentro de barbearias.

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