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Músico de Niterói é premiado em concurso internacional na Áustria

Por Sônia Apolinário
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Henrique Coe mora no Canadá desde 2015. Em agosto, ele fará duas apresentações no Brasil. Neste final de semana, ele visita Niterói
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O músico ficou em segundo lugar no concurso da Vienna Classical Music Academy. Foto: Divulgação

Um niteroiense que mora no Canadá foi o único brasileiro a ser premiado em um concurso mundial de composições para Orquestra de Cordas, em Viena, na Áustria. E não foi qualquer premiação. Henrique Coe ficou em segundo lugar, sendo que não houve vencedor na primeira colocação.

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Aos 36 anos, desde 2015 ele vive em Toronto onde dá aula de música em uma escola local para alunos dos ensinos Fundamental e Médio. No momento, Henrique desfruta, no Brasil, de um ano sabático que termina em agosto.

A música faz parte da sua vida praticamente desde sempre. Começou bem pequeno quando seus pais o colocaram para estudar piano. Ao se tornar aluno do Salesiano Santa Rosa, passou a integrar a banda da escola. Na época ele já tocava saxofone erudito. Henrique contou que foi na banda da escola que começou a “estudar música a sério”:

– Sempre fui apaixonado pela música erudita e era esse o caminho profissional que eu queria seguir. Mas, quando chegou na hora de escolher uma carreira, no vestibular, eu entrei em crise. Sax não é um instrumento comum em orquestra. Acabei optando por fazer Administração. Até me formei, mas depois me graduei em Educação Musical pelo Conservatório Brasileiro de Música e cursei Regência na Escola de Música da UFRJ.

Foi em 2013 que ele foi para o Canadá pela primeira vez, no caso, para Montreal. O objetivo era fazer mestrado em música. Naquela época, Henrique ainda não tinha certeza se queria morar no exterior. Dois anos depois, porém, foi para Toronto fazer doutorado e ficou de vez.

Ele explicou que estudar no Canadá foi uma oportunidade que se apresentou na época, quando o país estava facilitando a entrada de estrangeiros que quisessem se estabelecer por lá. No quesito adaptação, a maior dificuldade, segundo ele, foi climática. Afinal, ele teve que encarar dias em que a sensação térmica batia os 30 graus negativos.

Em agosto, antes de voltar para casa, Henrique fará uma apresentação com a Orquestra Sinfônica de Brasília, no Distrito Federal. Depois deve fazer outra com a Orquestra de Cordas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.

Por enquanto, não há previsões de uma apresentação sua em Niterói. Em Brasília, pode ser até que ele toque a música que lhe rendeu o segundo lugar no concurso da Vienna Classical Music Academy.

Ele participou da competição com uma composição que fez quando era doutorando da Universidade de Toronto, onde foi também Compositor Residente.

Justamente no próximo final de semana, Henrique estará em Niterói, visitando os pais. E sabe o que ele pretende fazer, além de rever parentes e amigos? Comer quitutes típicos, como o clássico italiano:

– Quando somos nascidos e criados em Niterói, a beleza da orla da cidade acaba passando como algo corriqueiro. Só depois que a gente fica fora um tempo é que percebe, quando volta, que a cidade tem uma beleza extraordinária.

 

 

 

 

 

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