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A morte do jovem Elias Lima de Oliveira, 24 anos, deixou os moradores do Morro do Palácio, no Ingá, em alerta. A polícia admite que confundiu o entregador de aplicativo com um criminoso procurado, o que deixa moradores com medo e revoltados com o critério para se puxar o gatilho contra um morador de favela em Niterói.
Para protestar contra o crime e exigir Justiça para o caso, além de uma política de segurança pública que funcione também para eles, a Associação de Moradores do Morro do Palácio organizou um novo protesto, a ser realizado nesta sexta-feira, às 17h.
Emocionada no velório de Elias e moradora da comunidade há vários anos, a vereadora Walkíria Nichteroy (PCdoB), diz que o que aconteceu ontem foi fruto de uma ação não planejada, sem inteligência e baseada somente na brutalidade e violência policiais:
– Foi uma ação de covardia. Mais uma vez eles tentaram forjar um flagrante contra um rapaz notadamente inocente, tanto que comoveu a comunidade a ponto de acontecer um ato.
Durante o protesto de quarta-feira, moradores destacavam que, apesar de a comunidade ser localizada no Ingá, Zona Sul de Niterói, a realidade da vida dos moradores no quesito segurança é bem diferente dos demais vizinhos. A vereadora disse que o protesto foi pacífico e que a comunidade vai cobrar uma resposta sobre a morte de Elias:
– Vamos cobrar justiça para que isso seja respondido, a comunidade não vai aguentar isso fácil. Queremos defender a memória do Elias, que era um trabalhador
A Prefeitura de Niterói emitiu uma nota lamentando a morte de Elias, e disse que está prestando apoio à família, e que acompanha o caso. Também relembrou do Pacto Niterói Contra a Violência, que conjuga uma série de programas e políticas públicas de apoio a segurança pública, inteligência, mediação de conflitos e, em outra ponta, formação e geração de renda para jovens.
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