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Lagarto raro é encontrado em área de proteção em São Gonçalo

Por Redação
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O lagarto papa-vento foi encontrado na Área de Proteção Ambiental Estâncias de Pendotiba, em Maria Paula, e ficará em observação
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O lagarto mede pouco mais de 120 mm. Foto Prefeitura de São Gonçalo

Um lagarto papa-vento, espécie rara de ser avistada, foi encontrado na Área de Proteção Ambiental Estâncias de Pendotiba, em Maria Paula, em São Gonçalo.

O réptil também é conhecido como lagarto-preguiça devido ao seu movimento lento. No Brasil, é mais comum ser encontrado na Floresta Amazônica, nos estados da região Norte, além dos estados do Maranhão, Mato Grosso e Rondônia. Também podem ser encontrados em locais de Mata Atlântica e brejos de altitude na região Sudeste. Os machos podem atingir 126 mm de comprimento, já as fêmeas, podem chegar aos 144 mm.

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O lagarto foi encontrado por colaboradoras do Projeto Estudo Vivo, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura de São Gonçalo, que planejavam suas atividades no espaço de convivência da APA. Foram micos que se mostravam agitados, subindo e descendo rapidamente de troncos de árvores, que “denunciaram” a presença de algum animal estranho no local.

– Cheguei a pensar que o lagarto estava morto. Ele estava paralisado e parecia um camaleão. Tive dificuldade para encontrar o réptil, pela coloração verde, que se misturava à vegetação – contou Bernardo de Paula de Miranda , veterinário da Área de Soltura de Animais Silvestres (ASAS) da APA, acionado para verificar o que estava acontecendo com os micos.

Enquanto estava sendo examinado, o réptil (da espécie Polychrus marmoratus, do gênero Polychrus)  usou todas as suas táticas de defesa: começou a inflar o pescoço para tentar parecer maior do que é, fingiu-se de morto e também mudou de cor (mimetismo).  A espécie tem muitos predadores naturais, como aranhas e primatas.

O lagarto ficará um tempo em observação. Caso esteja em condições ideais de saúde, será reinserido no meio ambiente, no caso, a própria Área de Soltura de Animais Silvestres da APA.

Atualmente a ASAS tem 18 animais resgatados, que estão em tratamento para serem reinseridos na natureza, como gavião carcará, coruja buraqueira, gambás, pica-pau-de-cabeça-amarela, cágados, jacaré-de-papo-amarelo, mico-estrela, jabuti e até mesmo um caranguejo guaiamum.

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