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A vacinação está andando mais rápido, em boa parte no país, nos últimos dias. Em parte, pela entrega de vacinas pelo Ministério de Saúde. Mas em boa medida também pelo baixo comparecimento dos grupos mais jovens. Em São Gonçalo, o único município do estado do Rio com mais de um milhão de pessoas a convocar toda a população acima de 18 anos para se vacinar, o comparecimento caiu de 75% entre os moradores com mais de 60 anos, para 54% na população acima de 22 anos.
Não são muitos os dados disponíveis sobre a falta de adesão à vacina nos municípios. A situação deve ser diferente em cada local em função de uma série de fatores, como as lideranças regionais, a campanha de vacinação, a escolaridade da população, as condições de acesso aos postos de atendimento e até mesmo questões religiosas, uma vez que há registros de pastores evangélicos que questionam a vacinação. Mas a jornada de São Gonçalo revela alguns dados interessantes.
A cidade tem cerca de 1,090 milhão de habitantes, de acordo com estimativa do IBGE, e 851.886 moradores elegíveis para vacinação no Programa Nacional de Imunização. Até o sábado (10), foram vacinadas 544.627 moradores com a primeira dose ou a dose única da vacina – menos de metade da população e 63% do grupo prioritário. Deste total, 164.679, 16% da população, completaram a imunização, com a dose única ou a segunda dose.
O grupo com maior adesão à vacinação foi o dos trabalhadores de saúde, os mais expostos aos riscos de contaminação pelo coronavírus: 87,5% tomaram a vacina.
Pessoas com comorbidades também enxergaram o risco e se vacinaram: a taxa foi de 82,4%.
Os idosos com mais de 60 anos se apresentaram nos postos de vacinação: 75% foram vacinados.
Mas a adesão caiu nos grupos mais jovens. Do total da população estimada com mais de 22 anos, o comparecimento foi de 54%.
Entre as categorias profissionais convidadas a se vacinar, os resultados foram díspares. Professores tiveram comparecimento de 75%; entre os profissionais de Segurança, apenas 14%.
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