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Às vésperas do feriado de São Jorge, estreia nesta quinta-feira (18), em Niterói, o filme “Jorge da Capadócia”. Conta a história do soldado que virou santo e, atualmente, é cultuado por milhares de devotos no Rio de Janeiro a ponto da data da sua morte (23 de abril) ter se tornado feriado, no estado.
O niteroiense Alexandre Machafer é o protagonista e também diretor e produtor do longa. Ao custo de R$ 3,5 milhões e com cenas rodadas na Capadócia (Turquia), o filme aposta em detalhada reconstituição de época e também investe em efeitos especiais que permitem, entre outras coisas, mostrar a luta de Jorge contra o dragão.
Na trama, depois de vencer mais uma batalha em 303 D. C., Jorge (Machafer) é condecorado enquanto o imperador romano Diocleciano (Roberto Bomtempo) inicia sua última grande perseguição aos cristãos. Jorge se vê diante de seu maior desafio ao testemunhar as crueldades impostas ao povo. Ao se recusar a seguir as ordens do imperador, o soldado passa a ser perseguido.
No elenco também estão Miriam Freeland, Roney Villela e Adriano Garib, entre outros. Matheus Souza (que recentemente dirigiu os filmes ‘Tá Escrito” e “Anavitória”) assina o roteiro.
Sobre a criação do personagem Jorge, Machafer afirmou que evitou a tentação de mostrá-lo como uma espécie de super-herói. No longa, de quase duas horas de duração, o soldado que se tornaria santo é humano, demasiado humano e sofre muito ao longo da trama que levou quase três anos para ser realizado.
Machafer também fez questão de classificar sua produção como “filme de ação” e não filme religioso. Não que ele tenha problemas em relação ao tema, muito pelo contrário. Sua estreia como diretor de cinema foi com o filme bíblico “O Filho do Homem” (2019).
– Espero que o filme chegue nas pessoas que gostam de cinema, que tenham curiosidade na história de São Jorge. Que os devotos possam entender a trajetória desse guerreiro que foi gente como a gente. É isso que causa essa identificação tão forte com o santo, no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro. É a identificação de quem se levanta e matar um dragão por dia. Como o trabalhador que acorda às 4h da manhã, pega ônibus e metrô para chegar no trabalho. Essa é a força que São Jorge passa, força e motivação para continuar. Força de um guerreiro que não desistiu em prol de algo maior – afirmou Machefer.
O soldado
Jorge teria nascido entre 270 e 280 na Capadócia ou Lida. Foi educado em uma família de tradição cristã e, mais tarde, mudou-se para a Palestina, onde se alistou no exército do imperador romano Diocleciano (243-312).Morreu em 23 de abril de 303, em Lida.
O dragão
A lenda que liga São Jorge e o dragão diz que o santo guerreiro salvou uma princesa (e seu povo) do ataque de um dragão (que simboliza tradicionalmente o demônio ou o mal). Na mitologia o dragão também aparece como símbolo de inimizade. A luta de São Jorge contra o dragão é vista como uma metáfora para a batalha entre o cristianismo e o paganismo, ou entre o bem e o mal.
A lua
São Jorge está lá na Lua sim! O santo batiza uma cratera de cerca de 2,5km de diâmetro, localizada na região dos Apeninos Lunares. Fica a uns 4 km a sudoeste do local de pouso da Apollo 15. Seus astronautas, David Scott e James Irwin, passearam com o jipe lunar sobre o que se acredita ser o material sedimentar ejetado quando da formação dessa cratera.
São Jorge na Lua, a lenda: vem do sincretismo religioso, que associa o santo a Ogum, orixá de força masculina, que busca na Lua a feminilidade necessária para o seu equilíbrio.
A devoção
São Jorge é cultuado pelas igrejas Católica, Ortodoxa, Anglicana e religiões Afro-Brasileiras – na umbanda e no candomblé, ele é Ogum.
Veja o trailer oficial, com a participação do dragão, aqui
Nos cinemas: Horários e Ingressos
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