24 de março

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Hoje é dia de Viradouro!

Por Sônia Apolinário
| aseguirniteroi@gmail.com

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Unidos do Viradouro é a terceira escola a se apresentar no domingo (2), primeiro dos três dias de desfiles dos Grupo Especial do Rio,
malunguinho avenida
Reis Malunguinho é o tema do enredo da escola de samba de Niterói. Fotos: reprodução

Terceira escola a se apresentar no domingo (2), primeiro dos três dias de desfiles dos Grupo Especial, no Sambódromo do Rio, a Unidos do Viradouro entra em cena, mesmo, quase na primeira hora de segunda-feira (3). Quando ecoar o grito de guerra “A hora é essa”, na voz do intérprete Wander Pires, começa a jornada da escola em busca do bicampeonato – ou sua quarta estrela a ser colocada na bandeia.

Leia mais: No Carnaval marcado pelo calor, Helio Bueno retrata os personagens da cidade

É hora de deixar “a fumaça entrar” e evocar a falange de Malungos: “Sobô Nirê Mafá!” , saudação a Reis Malunguinho, tema do enredo da escola de samba de Niterói.

Malunguinho Exu Trunqueiro.

“Malunguinho –  O Mensageiro de Três Mundos” é uma entidade afro-indígena, que se manifesta como Caboclo, Mestre e Exu/Trunqueiro. Sua história remete ao estado de Pernambuco, na primeira metade do século 19. O quilombo do Catucá era foco de resistência e viu seu último líder, João Batista, o Malunguinho, ser duramente perseguido por seus atos libertários.

Ao fugir das emboscadas, ocultou-se na mata e aprendeu com os indígenas o segredo da força das ervas. Assim, tornou-se Mensageiro de Três Mundos: Mata, Jurema (planta sagrada) e Encruzilhada.

Malunguinho é o dono da chave mágica para abrir senzala e fechar o corpo dos que a ele rogam proteção. O que ronda a mata para vencer inimigo, trazendo a ciência dos pajés, os caminhos da cura.

A Viradouro vai contar a história do Reis Malunguinho em duas esferas: a histórica e a espiritual, “onde ele é caboclo, mestre e Exu (mensageiro e intermediário entre os seres humanos e as divindades)”.

O samba-enredo apresenta várias possibilidades de “brincadeiras” da bateria comandada por Mestre Ciça com ritmos do candomblé.

A letra pede: “Acenda tudo que for de acender / Deixa a fumaça entrar”

E o refrão vira novo grito de guerra: “A chave do cativeiro/Virado no Exu Trunqueiro/Viradouro é Catimbó!/Viradouro é Catimbó! / Eu tenho corpo fechado/Fechado, tenho meu corpo/Porque nunca ando só/(Porque nunca ando só!)”

Na Viradouro não tem mesmo essa de andar só. A escola aposta na força da sua comunidade para conquistar corações (e jurados), no Sambódromo. O resultado será conhecido na quarta-feira (5), dia do julgamento do desfile.

Ordem dos desfiles

O desfile das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro terá uma grande novidade, em 2025: ao invés de dois, serão três dias de apresentações, com quatro agremiações por vez.

Domingo (2 de março)

  1. Unidos de Padre Miguel (atual campeã da Série Ouro) – 22h
  2. Imperatriz Leopoldinense – entre 23h30 e 23h40
  3. Unidos do Viradouro (atual campeã do Grupo Especial) – entre 0h50 e 1h10
  4. Estação Primeira de Mangueira – entre 2h e 2h20

Segunda-feira (3 de março)

  1. Unidos da Tijuca (11ª colocada do Grupo Especial 2024)
  2. Beija-Flor de Nilópolis
  3. Acadêmicos do Salgueiro
  4. Unidos de Vila Isabel

Terça-feira (4 de março)

  1. Mocidade Independente de Padre Miguel (10ª colocada do Grupo Especial 2024)
  2. Paraíso do Tuiuti
  3. Acadêmicos do Grande Rio
  4. Portela

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