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HackNit: estudantes criam soluções tecnológicas para resolver problemas de Niterói

Por Por Livia Figueiredo

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Evento online mobilizou comunidade acadêmica para apresentar projetos inovadores para mobilidade, educação, saúde e economia
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Foto: Reprodução de tela

A maratona tecnológica deu certo. O encontro de jovens estudantes para buscar soluções para os problemas da cidade trouxe soluções criativas para questões como transporte, Saúde e economia. A terceira edição do HackNit aconteceu online, por causa da pandemia, mas nem por isto deixou de mobilizar a comunidade acadêmica. Foram 30 equipes e 124 participantes. O grande vencedor deste ano foi um projeto ligado à mobilidade urbana. A equipe Zeus trouxe o NitOnline, que propõe o acesso à informação em tempo real da lotação do bicicletário Arariboia através da leitura de QR Code.

A proposta era trabalhar questões destacadas no plano estratégico “Niterói que queremos.” Niterói Organizada e Segura, Niterói Saudável e Niterói Escolarizada e Inovadora. Além disso, por conta da pandemia do novo coronavírus, foi criado o quarto eixo, este sobre o desenvolvimento socioeconômico pós Covid-19.

– Dos três vencedores desta edição, dois são da área de Mobilidade e ambos pensaram em soluções relacionadas à realidade do distanciamento social. O vencedor discutiu o incentivo do uso de bicicleta, que tem sido um dos principais temas de congressos internacionais em relação à mobilidade urbana. É importante destacar o quanto esse assunto responde aos atores da cidade. Tivemos uma ampliação em três vezes da malha cicloviária de Niterói e o número de ciclistas aumentou em quatro vezes nos últimos oito anos – explica a Secretária Municipal de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão (Seplag), Ellen Benedetti.

Assim como na edição de 2019, o primeiro colocado desta edição também apresentou como solução criativa um projeto que estimula o uso da bicicleta como um veículo sustentável e seguro para o cidadão se locomover na cidade. A equipe Zeus procura trazer, com o NitOnline, informação em tempo real da lotação do bicicletário Araribóia através da leitura de QR Code, podendo ser acessado em qualquer dispositivo.

O segundo colocado também discutiu mobilidade, apresentando uma proposta com foco no transporte coletivo. O projeto aborda a criação de um aplicativo que monitora os horários dos ônibus, além de viabilizar o pagamento de passagem sem contato físico entre a pessoa e o trocador. O grupo apresentou o Nitscreen, que consiste em um sistema de tela interativa nos pontos de ônibus e barcas, tendo como chamada inicial o tempo de chegada do transporte e a climatologia do dia. A ideia da tela interativa é abranger toda a população de Niterói, até mesmo aquela que não possui smartphones.

Já o terceiro colocado dialogou dentro do eixo do desenvolvimento econômico, propondo uma solução para aproximar o comércio local do consumidor final. O Quicktanda é um aplicativo que tem como principal objetivo fomentar o microempreendedorismo de bairro. De acordo com a Secretária, o assunto em voga é importante e evidencia o quanto a cidade está conectada com o seu desenvolvimento econômico, principalmente seu comércio local, possibilitando que os pequenos produtores possam realizar as vendas das suas mercadorias sem o contato físico.

O critério adotado para as seleções dos melhores projetos foi baseado no edital pré-divulgado. Ao total, foram duas etapas para a avaliação dos projetos. A primeira delas seguiu todos os critérios formais presentes no edital e a segunda etapa foi formada por uma banca julgadora externa e independente.

– Além dos três primeiros colocados gerais, o vencedor de cada eixo também vai ser premiado com um curso online de pré-incubação da sua ideia para desenvolver de fato essas soluções tecnológicas de modo a gerar negócios. É uma perspectiva de desenvolvimento de todos os eixos – conta a Secretária.

Outra novidade do evento foi a dinâmica de jogos, levando em consideração a tendência mundial da “gamificação” como um meio de promover soluções inovadoras. Os participantes receberam desafios diários e tinham como meta cumprir missões. Como se trata de um público em sua grande maioria formado por jovens, a recepção foi positiva e os estudantes tiveram a possibilidade de interagir de modo instantâneo.

No ranking geral, a equipe que conquistou a primeira colocação recebeu uma premiação de R$ 25 mil, a segunda colocada recebeu R$ 15 mil, e a terceira, R$ 5 mil. Além da premiação em dinheiro, os três primeiros lugares ganharam um Passe Hacker para a HackBrazil 2021, maratona organizada pela Brazil Conference at Harvard & MIT. Outro ponto de destaque desta edição é que todos os participantes da maratona terão acesso a cursos relacionados à modelagem e à validação de negócios na área de Inovação, Empreendedorismo e Legislação.

– A gente está muito satisfeito com o resultado. O grande diferencial este ano foi perceber que a sociedade está muito antenada com a mobilidade urbana, o comércio local e as soluções inovadoras que podemos pensar para superar esse momento. Esta edição da HackNit é uma tradução do quanto o projeto se desenvolveu como ferramenta e como canal de participação ativa da população para alcançar soluções tecnológicas para a cidade – encerra Ellen.

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