Há uma semana quem passa pelo túnel Raul Veiga, que faz a ligação entre os bairros de São Francisco e Icaraí, se depara com um colorido especial. Seus 750 metros de extensão de um dos lados da via foram grafitados por 70 artistas da cidade, no projeto “Niterói em cores”, que é uma iniciativa da Fundação de Arte de Niterói (FAN). Cada um recebeu um espaço de 40 m² do túnel para criar sua arte.
A Seguir conversou com alguns dos artistas.
Felipe Dias é grafiteiro há nove anos e também tatuador e dono da loja Grafitti House, única loja especializada no universo do street art. Recentemente Dias fez o painel no skatepark em São Francisco, além de projetos para artistas famosos e para um resort mineiro.
O painel feito por Dias
A história do grafite no Rio de Janeiro começa ainda na década de 1980. Na época, os artistas Ema, Eco e Akuma foram pioneiros e, até hoje, são referência entre os grafiteiros mais jovens. Além deles, Aila Ailita é considerada a primeira mulher grafiteira do Estado.
Aila representa o feminino nessa área tão masculina, assim como a Cibelle que está em vários projetos atualmente.
– Muito importante ter eventos como esse, com segurança e para valorizar a arte dos grafiteiros, principalmente para as mulheres que ainda são minoria neste cenário – falou Aila.
O feminino da Cibelle Arcanjo
Akuma é uma lenda, um dos primeiros grafiteiros do RJ, e estava há muitos anos sem participar de eventos.
– Fiquei feliz de pintar no túnel. É rara a oportunidade de ter um lugar bacana, de mesma visibilidade das galerias de arte urbana, e ainda fazer o que quiser com total liberdade artística e todo aquele suporte de produção – elogiou ele.
O colorido musical do Coé
Alguns outros que foram destaque na grafitagem do muro: Coé que além de grafiteiro é do movimento hip hop, também faz rap; Gut “dinossauro” (muito antigo) do graffiti, coloca muito conceito na cena; mesmo grupo do Davi Baltar. Refi que é novo na área.
Obra do novato Refi