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Gráfico mostra o número de mortes em Niterói dia após dia até o recorde na primeira semana de 2021

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Cidade teve 37 mortos na primeira semana epidemiológica do ano, de acordo com boletins diários da Prefeitura
covid mapa
O gráfico registra dia a dia as mortes anunciadas pela Prefeitura nos boletins epidemiológicos. A curva laranja estabelece a média, aponta tendências e revela o salto do número de mortos no fim de 2020 até o recorde de óbitos na primeira semana de 21
A evolução do registro de novos casos mostra como novembro, dezembro e janeiro já superaram o pico anterior da doença, em maio, de acordo com os registros diários da Prefeitura

O trabalho é minucioso. Anotar dia a dia os dados fornecidos pela Prefeitura nos boletins epidemiológicos divulgados no fim do dia, às vezes depois das 22 h. Desde maio passado, a Prefeitura deixou de divulgar a evolução da Covid, como o Ministério da Saúde tentou fazer com os números nacionais para esconder os dados da doença. Na época, um consócio de empresas de mídia passou a fazer o trabalho. Em Niterói, o A Seguir Niterói passou a compilar os dados e organizar as informações por semanas epidemiológicas, critério da OMS para acompanhamento da pandemia, e publica os gráficos de casos e mortes.

Desde o início de novembro, o mapeamento da doença alerta para o avanço da Covid em Niterói. Os dados que a Prefeitura apresenta na planilha de monitoramento dos indicadores da Covid demorou a informar a tendência. Em dezembro, e só em dezembro, a Prefeitura reconheceu em nota técnica da Secretaria da Saúde, publicada no SIGeo, sistema de informações do Município, que o registro de casos no mês anterior havia superado o pico da doença em maio e junho.

Para permitir um melhor acompanhamento das tendências da doença, o A Seguir Niterói tabulou os dados divulgados pela Prefeitura a cada dia e traçou a evolução do número de casos e mortes ocorridos a cidade desde o início da doença, em março. É um trabalho semelhante ao do consórcio de mídia, que exibe diariamente o mapa da doença no Brasil, no Jornal Nacional e em outras mídias.

No gráfico de novos casos, a tendência de aumento da doença começa em 22 de outubro. São 49 dias até o último dia de registro, 8 de dezembro. Deste total, 31 dias apontaram aumento da doença; 17 registraram estabilidade; e em um dia houve queda. Como na “média móvel” adotada pelo consórcio de mídia, os números isoladamente dizem pouco. Como o registro de queda em um único dia. O mesmo vale em relação à estabilidade dos casos. Em todo o período aferido, a estabilidade só se confirma nos últimos doze dias, quando se repete de forma constante, ainda que a estabilidade se dê num patamar alto, acima de 1.200 casos da doença. Na primeira semana epidemiológica do ano, a SE 1, foram 1.442 novos casos.

Em relação às mortes, a tendência começa um pouco depois. Primeiro aumentam os casos, depois aparecem as mortes. No dia 24 de novembro a tendência já é de alta. Em 47 dias documentados foram 36 dias de aumento e em 11 de estabilidade. Ao contrário do registro de casos, a tendência dos últimos oito dias é do aumento de mortes. Foram 37 óbitos na SE 1.

A Prefeitura, no entanto, não só não tabula estes dados, como não comenta o números, embora os boletins sejam exibidos muitas vezes nas lives do gabinete de Governo pelo Prefeito e pelo Secretário de Saúde Rodrigo Oliveira. No último encontro, na segunda-feira (11), o Secretário se referiu ao relatório de monitoramentos dos indicadores da Covid datado de 7 de janeiro, que aponta 522 novos casos e 13 mortes nos últimos sete dias. A Secretaria não respondeu as questões formuladas pelo A Seguir Niterói sobre a discrepancia dos números que a própria Prefeitura divulga.

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